Folha de S. Paulo


Mercado amplia para 2,95% previsão de queda do PIB em 2016

Economistas e instituições financeiras consultados pelo Banco Central ampliaram para 2,95% o centro (mediana) das previsões de queda do PIB em 2016. Há uma semana esperava-se que a queda fosse de 2,81%.

A previsão para a queda do PIB de 2015 foi ajustada para 3,71%. Há uma semana esperava-se queda de 3,70%.

A expectativa para a inflação em 2016 também foi ampliada, para 6,87%, contra a taxa de 6,86% esperada na semana passada. A expectativa para a inflação em 2015, foi mantida em 10,72%.

Os dados fazem parte da última edição do boletim Focus preparada em 2015. A pesquisa é realizada entre economistas e instituições financeiras e divulgada semanalmente pelo Banco Central.

O mercado manteve suas expectativas de alta do centro da meta de juros para 15,25% no fechamento de 2016.

Boletim Focus

A expectativa para a taxa de câmbio no fechamento de 2016 foi ampliada para R$ 4,21. Há uma semana esperava-se que o câmbio fechasse o ano em R$ 4,20.

A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle ou estimular a economia.

Se as estimativas dos analistas para 2016 estiverem corretas, isso significa juros reais de 8,4% neste ano —marca registrada no início do primeiro mandato do governo Lula.

Como em 2015, a opção mais conservadora de investimento nesse caso será aplicar em fundos pós-fixados (os antigos fundos DI) ou comprar o título Tesouro Selic emitido pelo governo.

ALTA DOS JUROS SOFRE RESISTÊNCIA NO GOVERNO

Apesar da forte inflação, e da tendência de alta dos juros apontada pelos economistas, a ala petista do governo Dilma faz pressão para que os juros não subam no ano que vem.

O plano do grupo é aumentar o centro da meta de inflação, atualmente de 4,5%, para evitar que o BC seja obrigado a subir os juros como forma de controlar o indicador.

A proposta já circulou no primeiro mandato de Dilma, mas foi rejeitada.

A meta é um patamar ideal apontado pelo Banco Central para a taxa. Com ela, a entidade indica ao mercado que atuará para abaixar ou elevar o indicador de forma a mantê-lo em torno do nível almejado.


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