Folha de S. Paulo


BC diz que câmbio preparou Brasil para alta de juros nos EUA na quarta

Joedson Alves/Reuters
Brazilian Central bank chief Alexandre Tombini attends a meeting at the Economic Affairs Committee (CASE) of the Senate in Brasilia December 16, 2014. Tombini repeated on Tuesday that the bank's forex intervention program has met its goals and that the current stock of swaps has fulfilled businesses' demand for currency protection. The comments raised doubts about the continuity of the bank's currency intervention into 2015. Tombini clarified, however, that the bank is currently deciding on new terms for the program that will take effect as of next year. His comments were not enough to ease investors' concerns. The real weakened further after he spoke, trading at 2.781 per dollar, nearly 2 percent weaker, as the market expected more details on the program that currently sells $200 million worth of currency swaps per day. REUTERS/Joedson Alves (BRAZIL - Tags: BUSINESS POLITICS HEADSHOT) ORG XMIT: BSB101
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini

A depreciação de quase 40% na taxa de câmbio neste ano está entre os fatores que ajudaram a preparar o Brasil para uma provável alta de juros nos EUA nesta quarta-feira (16).

"Por mais que esse processo esteja sendo preparado, são nove anos sem aumento das taxas de juros. O que conta nessas horas é como os mercados irão reagir", afirmou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. "O que nós temos que fazer é estar preparados, monitorando a situação de mercado a partir de um eventual ajuste na taxa de juros."

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Em uma referência aos aumentos já ocorridos no dólar e nos juros no Brasil, Tombini afirmou que não se pode pensar que, com a alta das taxas nos EUA, é necessário começar tudo de novo por aqui. "Não é assim. A própria depreciação no câmbio nos prepara para esse momento."

O presidente do BC disse ainda que, se os mercados não receberem bem a notícia nesta quarta, deve haver algum movimento de preços de várias moedas, mas que o real "já tem avançado bastante" desde 2011, por conta desse e de outros fatores.

Ele disse ainda que o Brasil deve receber neste ano US$ 65 bilhões em investimentos estrangeiros no país e acumula entrada líquida de US$ 10 bilhões no balanço de pagamentos.

Evolução da taxa de juros dos EUA, em % -


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