Folha de S. Paulo


Lucro líquido do Bradesco sobe 6,3% e vai a R$ 4,12 bilhões no 3º trimestre

Zanone Fraissat/Folhapress
SAO PAULO/SP BRASIL. 19/10/2015 - Mafia do ICMS, Fiscais suspeitos acumulam 143 imoveis um deles fica na Avenida Washinton Luiz, 6771 (hotel Ibis mas o numero fica em frente ao Banco Bradesco).(foto: Zanone Fraissat/FOLHAPRESS, COTIDIANO)***EXCLUSIVO***
Agência do banco Bradesco em São Paulo (SP)

O Bradesco, segundo maior banco privado do país em ativos, teve lucro líquido de R$ 4,12 bilhões no terceiro trimestre, resultado 6,3% superior em relação ao mesmo período de 2014, apesar da desaceleração do crédito e da recessão na economia.

O resultado decorreu do aumento do ganho nos empréstimos, decorrente da alta dos juros, além bom desempenho das receitas com tarifas e serviços e das aplicações financeiras.

Lucro dos bancos
Resultados do 3º trimestre
cédulas de 20 reais

Os empréstimos, no entanto, tiveram crescimento de apenas 6,8% em relação ao mesmo período de 2014. A expectativa do banco é que neste ano o volume de financiamentos cresça entre 5% e 9%.

Segundo Luiz Carlos Angellotti, diretor financeiro do banco, ainda não houve uma melhora na demanda por crédito, que deve ocorrer apenas em 2016.

Por outro lado, os índices de inadimplência, o principal custo do banco nos financiamentos, mostra relativa estabilidade. No terceiro trimestre, a inadimplência acima de 90 dias, subiu de 3,7% para 3,8% do segundo para o terceiro trimestres deste ano.

CARTEIRA DE CRÉDITO - Em R$ bilhões

GANHOS

Excluindo efeitos extraordinários, o lucro ajustado do banco somou R$ 4,533 bilhões, alta de 14,8% sobre um ano antes. A previsão média de analistas ouvidos pela Reuters era de lucro recorrente de R$ 4,437 bilhões.

No fim de setembro, a carteira de crédito do Bradesco somava R$ 474,488 bilhões, avanço de 6,8% em 12 meses.

O banco viu sua receita com tarifas e serviços, como as de conta corrente e de cartões de crédito, evoluir 13,1% na comparação ano a ano, para R$ 6,38 bilhões.

Lucro líquido - Em R$ bilhões

A instituição, que acertou em agosto a compra do HSBC Brasil por US$ 5,2 bilhões, fez provisão para perdas com calotes de R$ 3,852 bilhões, alta de 8,5% na comparação sequencial e de 15,1% ante o terceiro quarto de 2014.

As despesas administrativas e de pessoal somaram R$ 7,997 bilhões entre julho e setembro, subindo 11,2% ano a ano.


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