O Bradesco, segundo maior banco privado do país em ativos, teve lucro líquido de R$ 4,12 bilhões no terceiro trimestre, resultado 6,3% superior em relação ao mesmo período de 2014, apesar da desaceleração do crédito e da recessão na economia.
O resultado decorreu do aumento do ganho nos empréstimos, decorrente da alta dos juros, além bom desempenho das receitas com tarifas e serviços e das aplicações financeiras.
Os empréstimos, no entanto, tiveram crescimento de apenas 6,8% em relação ao mesmo período de 2014. A expectativa do banco é que neste ano o volume de financiamentos cresça entre 5% e 9%.
Segundo Luiz Carlos Angellotti, diretor financeiro do banco, ainda não houve uma melhora na demanda por crédito, que deve ocorrer apenas em 2016.
Por outro lado, os índices de inadimplência, o principal custo do banco nos financiamentos, mostra relativa estabilidade. No terceiro trimestre, a inadimplência acima de 90 dias, subiu de 3,7% para 3,8% do segundo para o terceiro trimestres deste ano.
CARTEIRA DE CRÉDITO - Em R$ bilhões
GANHOS
Excluindo efeitos extraordinários, o lucro ajustado do banco somou R$ 4,533 bilhões, alta de 14,8% sobre um ano antes. A previsão média de analistas ouvidos pela Reuters era de lucro recorrente de R$ 4,437 bilhões.
No fim de setembro, a carteira de crédito do Bradesco somava R$ 474,488 bilhões, avanço de 6,8% em 12 meses.
O banco viu sua receita com tarifas e serviços, como as de conta corrente e de cartões de crédito, evoluir 13,1% na comparação ano a ano, para R$ 6,38 bilhões.
A instituição, que acertou em agosto a compra do HSBC Brasil por US$ 5,2 bilhões, fez provisão para perdas com calotes de R$ 3,852 bilhões, alta de 8,5% na comparação sequencial e de 15,1% ante o terceiro quarto de 2014.
As despesas administrativas e de pessoal somaram R$ 7,997 bilhões entre julho e setembro, subindo 11,2% ano a ano.