Folha de S. Paulo


Eletronuclear diz que proposta de reajuste da Aneel 'não é suficiente'

Vanderlei Almeida - 14.abr.2011/AFP
(FILE) Aerial picture of the Angra 3 nuclear plant under construction in Angra dos Reis, south of Rio de Janeiro, Brazil, on April 14, 2011. The president of the nuclear power company Eletronuclear, subsidiary of Brazilian state-run power group Eletrobras, Othon Luiz Pinheiro da Silva, and the president of AG Energy at Andrade Gutierrez, Flavio David Barra, were arrested on July 28, 2015 in a wide corruption probe, after judge Sergio Moro ordered them to be remanded in custody. Pinhero da Silva is suspected of taking more than a million US dollars in bribes from construction companies during the tender for the construction of the Angra 3 Nuclear Power Plant. AFP PHOTO / VANDERLEI ALMEIDA ORG XMIT: VAN701
Imagem aérea da planta de Angra 3, usina nuclear em construção em Angra dos Reis (RJ)

O diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, disse nesta quarta-feira (21) que a proposta da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para o reajuste das receitas das usinas nucleares brasileiras não é suficiente para resolver a situação da companhia.

A Aneel iniciou na terça (20) audiência pública para discutir o tema. A Eletronuclear pediu reajuste de 28,3%. A Aneel propõe 16,91%.

"Melhora a situação, mas não é suficiente", disse Guimarães, em entrevista durante o 16º Congresso Brasileiro de Energia. Segundo ele, a empresa vai usar o período de audiência pública para apresentar os documentos e cálculos que justificariam seu pedido.

Segundo ele, a empresa precisa do reajuste para destravar financiamento de cerca de R$ 6,5 bilhões do BNDES para as obras de Angra 3, paralisadas por divergências com os consórcios construtores.

Para obter os recursos, a Eletronuclear precisa entrar com contrapartidas que representam 40% do investimento e hoje não tem dinheiro disponível.

Segundo a proposta apresentada pela estatal à Aneel, a tarifa das usinas subiria para R$ 203,99 o megawatt-hora a partir de janeiro de 2016. E, desta forma, a receita fixa subiria de R$ 2,25 bilhões em 2015 para R$ 2,88 bilhões em 2016.

O período de audiência pública dura 30 dias e, depois de receber manifestações da empresa, a Aneel avaliará o tema em reunião de diretoria. As novas tarifas começam a vigorar no início de dezembro.


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