Folha de S. Paulo


Terminais de gás da Petrobras operam com metade da capacidade

Edson Silva /Folhapress
SAO CARLOS, SP, BRASIL,26-07-2013: Estacao de compressao de gas natural de Sao Carlos. O prefeito de São Carlos, Paulo Altomani (PSDB), entrou na disputa pela fábrica de amônia da Petrobras e criticou a intenção do governo federal de construir um gasoduto até Uberaba. ( Foto: (Edson Silva /Folhapress ) ***REGIONAIS***EXCLUSIVO FOLHA***
Estação de compressão de gás natural instalada em São Carlos (SP)

Os terminais de importação de gás natural liquefeito (GNL) da Petrobras operam hoje com metade de sua capacidade total, que é 40 milhões de metros cúbicos por dia.

A ociosidade é um dos motivos que levaram a empresa a buscar interessados em alugar capacidade, conforme antecipou a Folha no sábado (17). A estatal que aproveitar as instalações para ampliar suas fontes de geração de caixa em meio à crise financeira.

Em maio de 2014, a companhia registrou a maior demanda, de 24,46 milhões de metros cúbicos por dia, segundo dados do balanço do MME (Ministério de Minas e Energia).

"Temos uma capacidade de 40 milhões de metros cúbicos por dia e estamos importando, em média, cerca de 20 milhões de metros cúbicos por dia", disse o gerente executivo de comercialização de gás e energia da estatal, Álvaro Tupiassú, em entrevista após palestra no 16º Congresso Brasileiro de Energia.

Ele não quis dar detalhes da proposta de aluguel de capacidade.

A Petrobras tem três terminais no país, que transformam o gás natural liquefeito (resfriado a 162ºC negativos até atingir o estado líquido para ser transportado em navios) em gás natural no estado gasoso.

A Folha apurou, no entanto, que a estatal cria a figura de "operador logístico", oferecendo o serviço de regaseificação nos terminais e transporte do combustível por sua malha de dutos até o ponto de entrega desejado pelo cliente.

Segundo uma fonte, porém, a proposta esbarra nas tarifas defendidas pela estatal, que girariam em torno de US$ 3,5 por milhão de BTU (unidade de medida de poder calorífico), quase a metade do custo de importação do combustível.

Além de permitir maior competição no mercado brasileiro de gás, a abertura dos terminais para terceiros facilitaria a venda de térmicas da estatal, uma vez que eventuais compradores poderiam importar o combustível por conta própria, disse uma fonte.

Os terminais estão localizados no Rio, na Bahia e no Ceará.


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