Folha de S. Paulo


Varejo quer deixar fama de 'Black Fraude' para trás

Os lojistas acreditam que este ano marcará o fim definitivo da "Black Fraude, termo cunhado por internautas frustrados com as promoções tímidas oferecidas pelos varejistas brasileiros quando o evento começou a ser feito em 2010.

"Não adianta querer fazer um evento de fachada. Você não consegue fazer Black Friday sem ter produtos com 40% a 60% de desconto", afirma José Nilson Ferreira, diretor comercial da Cnova, que controla o comércio eletrônico de Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.

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Defesa

Pesquisa do Google com 1.539 internautas no início de agosto indicou que 82% dos consumidores que compraram na Black Friday no ano passado pretendem repetir a experiência.

Além de celulares, computadores e roupas, há interesse grande por livros, jogos e passagens aéreas.

A sondagem mostrou ainda que boa parte não tem um produto já eleito previamente, o que, para os varejistas, é uma oportunidade.

"A preocupação principal é preço. Há pouco interesse específico por determinadas marcas. Com isso, há oportunidade de construir desejo por um produto", diz José Melchert, diretor de varejo online do Google no Brasil.

ANTECIPAÇÃO

Segundo ele, para garantir um bom resultado, a antecipação das promoções e das vendas para os dias anteriores à sexta-feira deve se intensificar neste ano.

A ideia é aproveitar o interesse dos consumidores, que já estarão à caça de pechinchas na rede.

O domingo anterior à Black Friday foi o dia do mês que mais registrou entrada de novos visitantes às páginas das principais varejistas online no ano passado, segundo levantamento da Serasa Experian nos 20 sites de maior audiência.

Em 2014, a quinta-feira, véspera da Black Friday, foi quando houve mais buscas na internet em todo o ano, de acordo com o Google.

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