Folha de S. Paulo


Gastos de brasileiros no exterior caem 20,2% no primeiro semestre do ano

Os gastos de turistas brasileiros no exterior tiveram queda de 20,2% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2014, segundo o Banco Central.

Nos primeiros seis meses do ano, os gastos com viagens ao exterior foram de US$ 9,9 bilhões, contra US$ 12,4 bilhões no mesmo período de 2014.

Em junho, os gastos atingiram US$ 1,65 bilhão. No mesmo período do ano passado, os brasileiros gastaram US$ 2 bilhões. É o menor volume de gastos de turistas no exterior no mês desde 2010.

Um dos principais fatores do arrefecimento das viagens internacionais foi o patamar elevado do dólar, que, no mês de junho, teve cotação média próxima do valor de R$ 3,10.

Infográfico Gastos do brasileiro no exterior, jun.15 - Crédito: Editoria de Arte/Folhapress

A queda nessas despesas é um dos fatores que têm contribuído para reduzir o deficit do Brasil nas suas transações de bens, serviços e rendas com o exterior.

Em maio, essas contas representaram uma saída de recursos de US$ 2,55 bilhões, bem abaixo dos US$ 5,1 bilhões verificados no mesmo período do ano passado.

No acumulado do ano, o deficit externo soma US$ 38,2 bilhões, contra US$ 50 bilhões de junho de 2014.

Infográfico CONTAS EXTERNAS

INVESTIMENTOS

Os investimentos diretos em empresas no Brasil caíram para US$ 30,9 bilhões no acumulado do primeiro semestre de 2015. O resultado é 32,7% menor que o registrado em igual período de 2014. O BC estima que o país deva receber neste ano US$ 80 bilhões desse tipo de recurso.

Em junho, os investimentos estrangeiros no Brasil foram de US$ 5,4 bilhões, resultado que foi mais que suficiente para cobrir o deficit das transações correntes. No saldo parcial de julho, esses investimentos já acumulam US$ 2,8 bilhões.

No caso do dinheiro aplicado por empresas brasileiras fora do país o valor registrado em junho foi de US$ 1,5 bilhão, volume 57,9% maior que no mesmo mês em 2014. Entretanto, na comparação entre o primeiro semestre de 2015 e o do ano passado, o resultado é 34% menor.

Infográfico Investimento direto no país


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