O novo programa de concessões de infraestrutura é a aposta do governo federal para dar novo fôlego à economia. Oportunidades de investimento não faltam em um país carente de infraestrutura eficiente, seja no asfalto, por trilhos, ar ou mar.
Mas incertezas envolvendo taxas de retorno, regras para financiamentos do BNDES, altas taxas de juros e construtoras em crise formam um cenário desafiador para os novos projetos —fundamentais não só para reanimar os investimentos como também para sustentar o crescimento no longo prazo.
Até aqui, a experiência mostra que, se bem concebidas, concessões podem ser convertidas em benefícios aos usuários. No aeroporto de Brasília, por exemplo, a nota atribuída pelos passageiros subiu 20% após a privatização. Em rodovias, as melhores experiências estão em São Paulo, por onde passam as dez melhores vias do país —o Estado concentra 6,8 mil quilômetros dos 19 mil licitados no Brasil.
Projetos recentes também mostram que o mercado de capitais, apesar de imaturo no Brasil, é uma saída para a menor presença do BNDES nos financiamentos.