Folha de S. Paulo


Presença de mulheres no mercado de trabalho avança pouco e chega a 43%

A presença feminina no mercado de trabalho avançou pouco no país, entre 2009 e 2013, apontou o Cempre (Cadastro Central de Empresas), divulgado nesta terça-feira (16) pelo IBGE.

As mulheres ocupavam 43% dos postos de trabalho formais no Brasil, em 2013, enquanto os homens, 57%. A presença feminina avançou apenas 1,1 ponto percentual desde 2009, quando o índice era de 41,9%.

A relação é ainda mais desigual se analisada a presença feminina somente nas entidades empresariais —homens ocupam 62,3% das vagas e mulheres, 37,7%. A diferença de gêneros, em 24,6 pontos percentuais, em 2013, já foi maior: 29 pontos percentuais, em 2009.

A presença feminina é maior que a masculina nas entidades sem fins lucrativos (55,1%) e em órgãos da administração pública (58,9%).

A pesquisa do IBGE não faz investiga a diferença da renda entre os gêneros, mas Levantamento do instituto no ano passado com dados do Censo de 2010 mostrou que na média as mulheres ainda recebem 30% menos que os homens no país.

A presença feminina é mais baixa nas empresas de médio porte, de 50 a 249 empregados. O percentual é melhor nas grandes, com mais de 250 empregados, e nas pequenas, de até nove empregados.

As mulheres são maioria em setores como saúde e serviços sociais (73,3%), educação (66,6%) e alimentação (57,6%).

Os dados mostram que as mulheres vêm aumentando sua presença em setores tradicionalmente masculinos. Das cinco áreas em que houve o maior avanço da participação feminina na economia entre 2009 e 2013, duas são em setores tipicamente ocupados por homens: indústria extrativa e reparação de veículos.

Na indústria extrativa, as mulheres representaram 12,1% da força de trabalho, um crescimento de 2,1 ponto percentual no intervalo de cinco anos. Já na reparação de veículos, o percentual de 44,4% foi alcançado em 2013 depois de crescimento 2,7 ponto percentual.

Os homens, que ocupam 57% das vagas formais no país, são maioria esmagadora em setores como construção civil (91,1%), indústria de transformação (87,9%).


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