Folha de S. Paulo


Projetos visam melhorar a transmissão de energia do país

A Aneel não está apenas preocupada com a restrição de fontes para geração de energia. Os avanços tecnológicos nos segmentos de transmissão e distribuição também estão sendo acompanhados de perto pela agência.

O governo busca uma forma melhor de transmitir a energia das grandes hidrelétricas na Amazônia para a região Sudeste do país.

INOVAÇÃO
Desnvolvimento aposta em análise dados

Hoje, o Brasil domina a tecnologia para transmitir eletricidade a uma tensão de 800 KV (quilovolts), mas espera, nos próximos anos, construir linhas de transmissão com 1.200 KV de tensão.

No segmento de distribuição, os "smart grids" (redes inteligentes de medição de energia) são a prioridade. Dez grandes projetos-piloto estão em andamento no Brasil.

Segundo Máximo Pompermayer, superintendente da Aneel, os investimentos no desenvolvimento dessa tecnologia se aproximam de R$ 800 milhões nos últimos três anos. "Buscamos uma solução que transforme não só a rede elétrica, mas todo o sistema de uma cidade. Telefonia, água, gás, trânsito, iluminação pública."

Editoria de Arte/Folhapress

Para o professor Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, os frutos dos investimentos nessa área serão colhidos em breve.

"É uma fronteira de avanço rápido. Em pouco tempo, o negócio das distribuidoras precisará ser modificado. Ela não fará mais a gestão apenas da eletricidade, e sim de um conjunto de sistemas", diz Castro, que tem trabalhado com distribuidoras em pesquisas sobre o tema.


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