Folha de S. Paulo


Menos de 5% do que o Brasil exporta para a China é manufaturado

A alta das encomendas chinesas de petróleo pode amenizar o difícil cenário do comércio exterior brasileiro –de janeiro a maio, as exportações totais caíram 16% em valor. Mas a concentração da pauta exportadora para a China em produtos básicos preocupa a indústria.

Menos de 5% do que o Brasil envia ao mercado chinês são produtos manufaturados.

À falta de competitividade dos produtos nacionais somam-se barreiras impostas pelos chineses.

Relatório do Banco Mundial de 2014 mostrou que a China eleva a tarifa de importação quanto mais sofisticado for o produto. Tal política afeta as principais exportações de alimentos processados do Brasil, notou a entidade no documento.

"O Brasil nunca se preocupou muito em fazer um ataque ao mercado chinês", afirmou Carlos Abijaodi, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

"Ficamos muito acomodados com as compras que eles fazem de commodities e não brigamos para derrubar as barreiras aos demais produtos. É preciso negociar."

Na opinião dele, o empresariado também precisa despertar para a China e estudar o mercado com mais atenção.

"O planejamento estratégico do governo chinês tem como foco estimular o mercado doméstico. Com isso, serão abertas brechas para a atuação brasileira", afirma


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