Folha de S. Paulo


Com Windows 10, Microsoft quer atrair criadores de apps

A Microsoft anunciou nesta segunda (1º) que vai lançar o Windows 10 no dia 29 de julho, inclusive no Brasil.

Trata-se de uma data-chave para a companhia, que tenta recuperar o tempo perdido nos dispositivos móveis e se adaptar a um tempo em que os computadores não são mais o centro da vida on-line.

Usuários das versões 7, 8 e 8.1 do sistema operacional poderão fazer a atualização grátis para a nova versão por até um ano. Quem tem programas mais antigos, como o XP, pagará US$ 199 (R$ 631).

Peter Steffen/Efe
Demonstração do Windows 10, que será lançado no dia 29 de julho
Demonstração do Windows 10, que será lançado no dia 29 de julho

Uma das principais novidades é que o software rodará em qualquer tipo de dispositivo –de computadores a celulares. Hoje, há um sistema para cada aparelho.

Isso pode facilitar a vida do consumidor, mas também é essencial para a Microsoft do ponto de vista da atratividade para desenvolvedores externos (os criadores dos aplicativos), que criam funcionalidades importantes para os usuários dos dispositivos.

O Windows Phone tem menos 3% do mercado de smartphones, contra 96,3% de iOS (Apple) e Android (Google) somados, segundo a consultoria IDC. Isso faz com que criar aplicativos para o sistema seja pouco interessante.

Segundo o site especializado Statista, a loja Google Play tem 1,5 milhão de aplicativos, enquanto a App Store tem 1,4 milhão. A Windows Phone Store tem 340 mil.

"Ao criar um aplicativo para o Windows 10, você terá uma audiência maior do que apenas um telefone", disse à Folha Pete Brown, gerente-sênior de programas para desenvolvedores da companhia.

A Microsoft tem o objetivo de ter o sistema operacional instalado em 1 bilhão de dispositivos em até três anos.

A empresa também passou a derrubar algumas de suas barreiras, criando ferramentas que facilitam a adaptação de apps feitos originalmente para Android e iPhone.

E a assistente pessoal Cortana, que rivaliza com a Siri, da Apple, também estará disponível para as plataformas das duas rivais neste ano.

"Temos de ser realistas e saber que nem sempre o usuário vai utilizar nossos produtos, mas sim o iOS ou o Android. Mas queremos que ele possa usar nossos programas mesmo em outros aparelhos", diz Brown.

Cortana, vale dizer, também vai ultrapassar a barreira dos dispositivos móveis e estará também nos PCs –será possível "conversar" com a assistente, que aprende as preferências do usuário e faz recomendações e lembretes.

Outra aposta é o novo navegador de internet Microsoft Edge, que deve substituir o Internet Explorer. O programa vai facilitar a visualização de sites desenvolvidos com base em outras plataformas –o líder Chrome acaba sendo padrão de criação, o que faz com que páginas pareçam um pouco "deformadas" em outros navegadores.


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