Folha de S. Paulo


Proteína de grilo em alimentos expande mercado nos Estados Unidos

É uma barra energética diferente a que começa a ser vendida nas redes de supermercados americanos Natural Grocers e Whole Foods: combina grilos em pó a ingredientes como gengibre, chocolate e tâmaras.

Produzida pela Chapul –grilo em asteca–, é um dos alimentos baseados em insetos que surgem sob aprovação da ONU, que os considera alternativa sustentável aos rebanhos convencionais.

No ano passado, pesquisa de mercado feita pela Mintel indicou que, entre quem nunca comeu insetos, 21% experimentariam na Alemanha, 26%, nos EUA, 27%, no Reino Unido e 52%, na China.

Jorge Uzon/AFP
Garçom mostra pratos com insetos usados na culinária mexicana
Garçom mostra pratos com insetos usados na culinária mexicana

Das 1.900 espécies consumidas como alimento, apenas algumas devem ter mercado. O grilo é um dos mais promissores. Na Universidade Harvard, estudantes desenvolveram o "Chirps", salgadinho de grilo com jeito de tortilla. A cadeia mexicana de restaurantes finos Wahaca oferece o inseto no cardápio.

Nos EUA, startups do segmento desenvolvem com criadores de grilos protocolos para o consumo por seres humanos. Um exemplo é a dieta dos grilos –orgânica e estritamente vegetariana.

Elas têm atraído também o interesse de investidores. A Chapul recebeu uma injeção de US$ 50 mil e apoio do investidor Mark Cuban, e a Exo recentemente obteve US$ 1,2 milhão em capital para expandir suas operações.


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