Folha de S. Paulo


Terceirização reduz efeito de época de crise, afirmam especialistas

Para quem prefere não arriscar com produção própria, a terceirização com bons fornecedores e prestadores de serviços pode dar mais agilidade e flexibilidade.

Em vez de ter uma equipe e custos fixos, o empresário equilibra o número de pedidos com a demanda a seus fornecedores e profissionais freelancers, diz Cynthia Serva, do Centro de Empreendedorismo do Insper.

A loja virtual Oppa, de móveis, vende somente itens feitos por fornecedores terceirizados, mas com sua marca.

Para conseguir manter uma identidade própria, a companhia conta com uma equipe de desenvolvimento, responsável por escolher fornecedores, criar projetos e se certificar da qualidade, explica José Machado, 35, diretor de design da companhia.

"Buscamos no mercado fornecedores que possam desenvolver produtos para cada faixa de preço que queremos preencher. A partir daí, desenvolvemos versões exclusivas dos itens deles para nossa marca", explica.

Atualmente, a empresa trabalha com cerca de 150 fornecedores, que desenvolvem mil projetos diferentes.

"Não seria possível ter uma fábrica que conciliasse todas as tecnologias e especialidades que precisamos", diz.

A loja virtual Era Uma Vez vende roupas para bebês confeccionadas por oficinas do bairro do Bom Retiro, em São Paulo, onde a companhia começou em 2011, antes de migrar para o on-line.

Terceirizar, explica o fundador Victor Lovatim, 33, protege a empresa nos períodos de crise no setor, por ter folha de pagamentos menor.


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