Folha de S. Paulo


Polícia integrada e tecnologia são apostas anticontrabando, diz Cardozo

Integração das polícias e tecnologia são as apostas do governo no combate ao contrabando, afirmou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Ele participou do segundo dia do "Fórum o Contrabando no Brasil", promovido pela Folha nesta quinta-feira (19).

"Desde o primeiro mandato da presidente Dilma estamos repensando o controle de fronteiras. Um dos grandes problemas era a falta de diálogo entre a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária", afirma o ministro.

Hoje, o controle das áreas mais problemáticas é feito pelas operações Sentinela (Polícia Federal) e Ágata (Forças Armadas).

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Escaneares veiculares –caminhões equipados com raio-x que ficam estacionados nas estradas rastreando os carros que passam– e drones estão entre as ferramentas tecnológicas empregadas pelo controle da fronteira.

"É impossível parar carro por carro na Ponte da Amizade [na fronteira entre Brasil e Paraguai] e em outras rodovias de acesso ao país, isso travaria o comércio e o tráfego de pessoas", afirmou Cardozo.

"Precisamos investir em inteligência de modo que a polícia já saiba quem parar e faça apreensões mais certeiras, e em tecnologia para fazer o rastreio sem necessidade de interromper o fluxo", disse.

PROJETO

Cardozo disse que há um projeto do governo brasileiro de criar um centro integrado de controle e comando na Tríplice Fronteira. O projeto, que seria custeado por Brasil e Argentina, já está sendo discutido com os governos argentino e paraguaio.

Por fim, o ministro ressaltou que o trabalho de controle precisa ser acompanhado por um trabalho de desenvolvimento social e econômico das regiões fronteiriças.

"Se não sermos alternativas financeiras para as cidades das divisas, a população sempre achará vias criativas de continuar com o contrabando", diz.


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