Folha de S. Paulo


Duas agências rebaixam nota de risco da construtora Mendes Júnior

As agências internacionais de classificação de risco Standard & Poor's e Moodys decidiram rebaixar nesta quarta (14) as notas da construtora Mendes Júnior, citando a crescente dificuldade da construtora de gerenciar seu caixa após a Operação Lava Jato da Polícia Federal. Além disso, a perspectiva para as avaliações continua negativa.

Na véspera, a agência Fitch também tinha rebaixado a avaliação da construtora pelo mesmo motivo.

Na Standard & Poor´s, a nota da Mendes Júnior foi rebaixada de B para CCC+ na escala global e de brBB- para brCCC+ na escala brasileira. Os ratings globais, que estão na faixa de grau especulativo (contrário de grau de investimento, selo de bom pagador), são considerados de alto risco de calote. A perspectiva para a avaliação é negativa, o que sinaliza que novos rebaixamentos podem ser adotados.

"As investigações sobre corrupção em curso têm prejudicado a capacidade de geração de fluxo de caixa da empresa brasileira de engenharia e construção e pressionando ainda mais sua liquidez", afirma a S&P, em comunicado.

Já a Moody´s alterou o conjunto de ratings [notas] da Mendes Junior de B3 para Ca, também considerado de alto risco de calote.

"O rebaixamento reflete a crescente incerteza em relação a performance operacional da Mendes Júnior", afirmou, em nota.

A Moody's lembra ainda que a Petrobras suspendeu os negócios com a Mendes Júnior e outras 22 empresas citadas na Operação Lava Jato. "A Petrobras é um cliente relevante da Mendes Júnior, atualmente respondendo por 15% das receitas", afirmou.

Editoria de Arte/Folhapress

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