Folha de S. Paulo


Investidor consegue aplicar em títulos do Tesouro com R$ 30

Aplicar em títulos públicos via programa do Tesouro Direto é umas das formas mais simples de investir. É possível negociar os títulos pela internet e com opções de aplicação a partir de R$ 30.

Além disso, ao contrário de outros investimentos de renda fixa, o rendimento independe do montante aplicado.

E o risco é baixo, porque esses títulos são usados para financiar investimentos do governo federal e são garantidos pelo Tesouro Nacional.

Os títulos públicos podem ser de curto, médio e longo prazo. A remuneração ocorre no vencimento, porém os títulos podem ser revendidos para o Tesouro pelo valor de mercado antes do prazo.

Há títulos prefixados, que têm a taxa de juros, a ser paga ao final da aplicação, informada no ato da compra; e pós-fixados, cujo rendimento varia de acordo com uma taxa determinada mais a variação da Selic (a taxa básica de juros da economia) ou do IPCA (índice que mede a inflação oficial do país).

Quanto ao pagamento de rendimentos, pode ser feito somente ao fim do período determinado, ou podem pagar parcelas (chamadas tecnicamente de cupons) de juros semestrais ao longo do investimento, com resgate do valor investido mais rendimento no vencimento. O pagamento de cupons semestrais de juros aumenta a liquidez e possibilita reinvestimentos.

As LTNs (Letras do Tesouro Nacional) são títulos prefixados que pagam a remuneração ao final do período. Têm opções de vencimento para curto prazo. E as NTN-F (Notas do Tesouro Nacional - série F) também têm rendimento prefixado, porém pagam juros semestrais e oferecem prazos mais longos.

As LFTs (Letras Financeiras do Tesouro), opção a curto prazo, são pós-fixadas e atreladas à Selic. Apresentam baixa volatilidade, o que evita perdas no caso de venda antecipada, mas por isso tendem a ter rentabilidade mais baixa.

Por fim, as NTN-B (Notas do Tesouro Nacional - série B) são títulos de médio e longo prazo, com rendimento atrelado ao IPCA. Com isso geram correção do poder de compra acima da inflação. Podem ter remuneração ao final do período (série B - Principal) ou pagar juros semestrais (série B).

Consultores indicam a diversificação desses títulos, dividindo o investimento em mais de um ativo, assim conquistando uma carteira com prazos de vencimento distintos, o que auxilia na liquidez, e atreladas a taxas diferentes, reduzindo riscos.

CUSTOS

Na hora de escolher o vencimento é preciso levar em conta a cobrança de Imposto de Renda, que tem porcentagens regressivas sobre os rendimentos conforme a duração: 22,5% para aplicações de até 180 dias; 20% para aquelas entre 181 e 360 dias; 17,5% para montantes aplicados entre 361 e 720 dias; e 15% para valores aplicados por mais de 720 dias.

Em resgates realizadas em menos de 30 dias há incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Também é feita a cobrança de taxa de custódia no valor de 0,3% ao ano, além de possíveis taxas administrativas –algumas corretoras não cobram o serviço. O Tesouro informa o ranking com operadoras e as respectivas taxas cobradas no site do programa .

COMO COMPRAR

Para comprar títulos via Tesouro Direto é preciso ter CPF, ser residente no país e abrir uma conta em uma instituição habilitada. Essa operadora fornecerá ao investidor uma senha de acesso ao site do Tesouro, onde é possível comprar títulos e também vendê-los.

A quantidade mínima de compra é 0,1 do título (10%) –a partir daí a compra sempre é feita em múltiplos de 0,1.

O investidor pode revender os títulos para o Tesouro Nacional semanalmente, no valor de mercado, operação está normalmente disponível às quartas-feiras.

Mas é importante lembrar que, para receber a rentabilidade combinada no momento da compra, é necessário manter o título até o vencimento.


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