Durante anos, construtores montaram painéis solares voltados para o norte (no hemisfério Sul) ou para o sul (no hemisfério Norte).
Na teoria, isso maximizaria o uso dos geradores, já que faz com que eles capturem o maior número de horas de insolação por dia.
O problema é que a energia é capturada em horários que não são os de maior utilidade nem para o próprio usuário nem para a rede de energia em geral.
| J. Emilio Flores/The New York Times | ||
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| Painéis solares são instalados em casa na Califórnia, EUA |
A recomendação, portanto, passou a ser a de que os painéis sejam voltados para o oeste, lado em que o sol se põe, para que a maior parte da energia seja gerada ao final da tarde, no momento em que é mais necessária.
A implantação do conselho, porém, tem sido lenta, segundo um estudo feito com 110 mil casas na Califórnia.
A pesquisa mostrou que a maior parte dos proprietários de painéis solares os mantém instalados para a face sul.
"Essa predominância reflete um desalinhamento severo entre a produção de energia e o seu consumo", dizem os autores do estudo, Barry Fischer and Ben Harack.
Ambos trabalham para a Opower, companhia que fornece softwares para que empresas elétricas possam gerenciar suas relações com os consumidores.
NA HORA ERRADA
Casas com sistemas solares consomem menos da metade da eletricidade fornecida aos outros domicílios, em média, mostrou o estudo.
Mas, a partir das 16h, elas passam a consumir mais e sobrecarregam o horário de pico, que costuma acontecer por volta de 17h no Estado americano.
Se os painéis estivessem voltados para o oeste, entre as 17h e as 18h eles estariam produzindo 55% do necessário para o horário de pico. Apontados para o sul, porém, a produção de energia é de apenas 15% do necessário.
Para tentar incentivar o uso correto dos painéis, a California Energy Commission anunciou recentemente um bônus de US$ 500 para novas instalações direcionadas para o poente -um novo painel é instalado no Estado a cada 3,2 minutos, segundo o estudo.