Folha de S. Paulo


Estudantes 'ganham' R$ 128 mil na Bolsa e vencem Desafio BM&FBovespa

Os estudantes do Educandário Allan Kardec ganharam R$ 128 mil no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo neste sábado (29) e levaram o primeiro lugar no Desafio BM&FBovespa.

O dinheiro e o pregão eram de mentira. Fazem parte de uma competição educativa, na qual alunos do ensino médio de todo o Estado, tanto da rede pública como particular, participam de um jogo de compra e venda de ações fictícias.

Com direito a torcida organizada e um apresentador com estilo de programa de auditório, a fase final reuniu 140 jovens do ensino médio de 29 instituições.

Criado em 2006, o desafio tem como objetivo ensinar na prática como funciona o mercado de ações. Além da simulação, os jovens têm aulas sobre finanças pessoais e investimentos.

Na edição deste ano, inscreveram-se 1.845 alunos de 369 escolas. Para chegar até a fase final, os estudantes passaram por seis eliminatórias, realizadas ao longo do ano. Cada equipe tem de três a cinco alunos e um professor orientador.

O evento está em sua nona edição e já reuniu mais de 9.500 estudantes de 709 escolas no país.

CHORO
Apesar de não levar o dinheiro para casa, os cinco alunos e o professor da escola Allan Kardec ganharam um MacBook Air.

Uma das vencedoras, Beatriz Vasques, 16, surpreendeu-se quando o resultado foi anunciado e até chorou. "Somos uma escola pequena, às vezes a gente não se dá conta do nosso potencial."

Ela diz que, desde o ensino fundamental, os alunos da escola aprendem educação financeira nas aulas.

Já outros competidores tiveram que estudar por fora para se preparar.

"Fiquei até a meia-noite vendo vídeos de aulas na internet", afirma Portinari Quaresma, 19, aluno do 3º ano da Escola Estadual Antônio Guimarães Filho.

Mesmo sem o preparo técnico de outros colégios, eles levaram o segundo lugar -e um iPad para cada membro da equipe.

Os alunos da Escola Estadual Fernando de Azevedo viajaram quase duas horas, de Santos até a capital, para participar do desafio.

Apesar de não terem sido premiados, os estudantes acham que a experiência valeu a pena.

"Aprendemos bastante. Não sei se vou trabalhar com isso, mas, quando crescer, já posso pensar em investir", afirma o estudante do 2º ano Henrique Luz, 17.


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