Folha de S. Paulo


Azul anuncia compra de A320neo e entra em competição direta com Gol e TAM

Com as incertezas em relação ao plano de aviação regional, a Azul abandonou a ideia de comprar aviões da Embraer e resolveu partir para o mercado de alta densidade com aeronaves maiores -entrando diretamente em concorrência com Gol e TAM.

A empresa anunciou a compra de 35 aviões A320neo, a nova geração do jato de um corredor da Airbus. Além disso, a empresa anunciou que vai incorporar mais 28 aeronaves por meio de contratos de arrendamento com a AerCap e a Gecas. As 63 aeronaves serão incorporadas gradativamente à frota da empresa entre 2016 a 2023.

"Os A320neo serão um perfeito complemento à nossa frota de jatos Embraer e ATR. Avaliamos os aviões da Boeing, que tem opções na mesma categoria, mas optamos pela Airbus pelo conforto e menores custos operacionais, o que nos permite oferecer tarifas ainda mais competitivas nas rotas de longo curso. Os A320neo consumem até 20% menos combustível por assento/km em relação ao modelo atual", afirmou o fundador e CEO da Azul, David Neeleman, em um comunicado.

Divulgação
Azul anuncia a compra de 35 aviões A320neo, a nova geração do jato de um corredor da Airbus
Azul anuncia a compra de 35 aviões A320neo, a nova geração do jato de um corredor da Airbus

Assim como os Embraer, os A320neo da Azul também terão TV ao vivo.

Para Antonoaldo Neves, presidente da Azul, os A320neo vai dar complementaridade à frota da Azul. "Passaremos a contar com equipamentos de diversos modelos para cada tipo de operação, fortalecendo desde os voos regionais até os voos de longo curso", diz Neves. "Dessa forma, a Azul se posiciona como a única companhia aérea que tem em sua frota a diversidade de aeronaves que o Brasil precisa."

Terceira maior empresa aérea do país, a Azul detém 16,7% do mercado e base em Campinas. A empresa havia montado um plano de crescimento baseado na expansão da oferta para o mercado regional, mas o plano foi deixado de lado com a não aprovação do plano de aviação regional pelo Congresso na semana passada. O plano, enviado pelo governo ao Congresso por meio de Medida Provisória, previa subsídios de passagens para viabilizar voos para cidades do interior. Mas a MP não foi aprovada e expirou na segunda-feira (24).


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