Folha de S. Paulo


Conta de luz já está 28% mais cara do que logo após MP para reduzir preços

A conta de luz já é 28% mais cara do que o valor registrado logo após a entrada em vigor da MP 579, de janeiro de 2013, que decretou corte médio de 20% na tarifa de energia. O preço de novembro, que está em R$ 353 o Megawatt-hora, também supera em 4% o anterior à edição da MP.

Os dados são da PSR Consultoria e foram apresentados nesta sexta-feira (7) em seminário sobre energia elétrica no Rio. Os valores não consideram incidência de ICMS e de Pis/Confins.

Para o ano que vem, a consultoria prevê que a tarifa ficará 27% mais cara, em R$ 447 Megawatt-hora, considerando a média de todas as distribuidoras do país em relação ao preço de novembro da tarifa residencial.

A alta é resultado do acionamento mais intenso das usinas termelétricas, devido à estiagem, do aumento dos preços da energia elétrica no mercado livre, onde as distribuidoras compram parte da energia que vendem, e do pagamento de empréstimos feitos por essas empresas distribuidoras para estancar a crise financeira.

REAJUSTE

Na terça-feira (4), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), autorizou um reajuste de 17,75% na tarifa da Light. A partir de sábado (7) os consumidores da distribuidora pagarão mais caro pela energia elétrica.

De acordo com a reguladora, 3,7 milhões de unidades consumidoras (residências, escritórios e indústrias, por exemplo) serão afetadas pela alteração de preços em 31 municípios do Rio de Janeiro.

Os aumentos, porém, são diferentes para cada modalidade de consumo.

A indústria, consumidora de alta tensão, terá um aumento maior, de 19,46%. Já os consumidores de média tensão, como centros comerciais, terão preço da luz aumentado em 19,23%.

O aumento concedido à empresa de distribuição foi justificado pelo elevado custo que a Light teve, no último ano, para comprar energia, além dos gastos maiores para pagar a transmissão e os encargos setoriais. A inflação do período também reflete no aumento.

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Veja, abaixo, os reajustes já autorizados pela Aneel neste ano.

SUDESTE

SÃO PAULO

Eletropaulo
6,7 milhões de residências, escritórios e indústrias em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital
18,06% para residências
19,93% para indústrias

Bragantina
122 mil unidades de consumo, 15 municípios (5 na região de Bragança Paulista, SP, e 10 em Minas Gerais)
14,98% para residências
14,43% para indústria

Vale Paranapanema
167 mil unidades de consumo, em 27 municípios (região de Assis)
18,98% para residências
21,31% para indústria

CNEE (Companhia Nacional de Energia Elétrica) mil unidades de consumo, em 15 municípios (região de Novo Horizonte e Catanduva)
16,93% para residências
16,64% para indústrias

Caiuá-D (Caiuá Distribuição de Energia)
230 mil unidades de consumo, em 24 municípios (região de Presidente Prudente)
14,42% para residências
13,39% para indústrias

Elektro
2,4 milhões de clientes em 228 cidades no interior de São Paulo e cinco no interior do Mato Grosso do Sul.
35,97% para residências
41,79% para indústrias

CPFL Piratininga
1,6 milhão de unidades de consumo em 27 municípios do interior e do litoral de São Paulo
20,98% para residências
24,35% para indústrias

MINAS GERAIS

Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais)
18,2 milhões de clientes, em 774 municípios
14,24% para residências
12,41% para indústria

Bragantina
122 mil unidades de consumo, 15 municípios (5 na região de Bragança Paulista, SP, e 10 em Minas Gerais)
14,98% para residências
14,43% para indústria

Energisa Minas Gerais
407 mil residências em 66 municípios de Minas e do Rio de Janeiro
5,8% para residências
3,75% para indústrias e consumidores de alta tensão

RIO DE JANEIRO

Energisa Minas Gerais
407 mil residências em 66 municípios de Minas e do Rio de Janeiro
5,8% para residências
3,75% para indústrias e consumidores de alta tensão

Energisa Nova Friburgo
96 mil residências e comércios no município de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro
13,66% para residências
7,94% para indústrias e consumidores de alta tensão

Light
3,7 milhões de unidades consumidoras em 31 municípios do Rio de Janeiro
17,75% para residências
19,46% para consumidores de alta tensão
19,23% para consumidores de média tensão

ESPÍRITO SANTO

Escelsa
1,4 milhão de consumidores
24,7% para residências
21,9% para indústrias e consumidores de alta tensão

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SUL

RIO GRANDE DO SUL

AES Sul
1,2 milhões de clientes, em 118 municípios
28,99% para residências
30,29% para indústria

PARANÁ

Copel
4,22 milhões de clientes, em 396 municípios (3 deles apenas na área rural)
23,89% para residências
26,28% para indústrias

Cocel
Município de Campo Largo
42,02%, em média

SANTA CATARINA

Celesc
2,6 milhões de unidades consumidoras
22,7% para residências
22,4% para grandes consumidores

Iguaçu Energia
32 mil consumidores do oeste de Santa Catarina
5,86% para residências
5,75% para grandes consumidores

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NORDESTE

PERNAMBUCO

Celpe (Companhia Energética de Pernambuco)
3,2 milhões de clientes, em todos os municípios pernambucanos
17,69% para residências
17,86 para indústrias

SERGIPE

Energisa Sergipe
630 mil clientes, em 63 municípios
12,17% para residências
11,31% para indústrias

CEARÁ

Coelce (Companhia Energética do Ceará)
Mais de 3 milhões de clientes, em 184 municípios
17,02% para residências
16,16% para indústrias

BAHIA

Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia)
5,3 milhões de clientes, em 415 municípios
14,82% para residências
16,04% para indústrias

RIO GRANDE DO NORTE

Cosern (Companhia Elétrica do Estado do Rio Grande do Norte)
Mais de 1,2 milhão de clientes, em 167 municípios
11,40% para residências
15,78% para indústrias

PIAUÍ
Cepisa
1,1 milhão de unidades consumidoras em 224 cidades
24,93% para residências
29,14% para indústrias

ALAGOAS
Eletrobras Distribuição Alagoas
1 milhão de unidades consumidoras, em 102 municípios
30,02% para residências
37,08% para indústrias

MARANHÃO
Cemar
1,8 milhão de clientes, em 217 municípios
24,11% para residências
24,16% para indústrias

PARAÍBA
Energisa
1,3 milhão de unidades consumidoras, em 216 municípios da Paraíba.
21,43% para residências
22,75% para residências

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CENTRO-OESTE

GOIÁS

Celg
2,6 milhões de consumidores, em 237 municípios de Goiás.
19,85% para residências
24,97% para indústrias

MATO GROSSO DO SUL

Enersul
909 mil unidades de consumo, em pelo menos 10 municípios
9,4% para residências
14,11% para indústrias

Elektro
2,4 milhões de clientes, em 228 cidades no interior de São Paulo e cinco no interior do Mato Grosso do Sul
35,97% para residências
41,79% para indústrias

DISTRITO FEDERAL

CEB
960 mil consumidores
18,38% para residências
19,9% para comércio e indústria

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NORTE

TOCANTINS

Celtins
574 mil residências, empresas e indústrias do Tocantins
10,98% nas tarifas dos consumidores residenciais
10,43% para industriais

PARÁ

Celpa
1,9 milhão de consumidores
34,3% para residências
36,4% para indústrias

Jari Celulose
2,5 mil consumidores próximos à sua unidade de produção no interior do Pará
5,75% de reajuste

AMAZONAS

Amazonas Energia
700 mil unidades de consumo no Amazonas
22,63% para indústrias
15,83% para residências

RORAIMA

Boa Vista Energia
Abastece Boa Vista, a capital do Estado
16,95% de reajuste médio

Companhia Energética de Roraima
Atende o interior do Estado
Reajuste médio de 54,06%


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