Folha de S. Paulo


Transação bancária por celular é nova fronteira do atendimento

O celular deve ocupar o lugar que hoje pertence ao internet banking no atendimento bancário, que por sua vez substituiu grande parte das transações feitas pessoalmente nas agências.

A perspectiva faz os bancos investirem cada vez mais em tecnologia. Pesquisa da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) mostra que os recursos destinados a esse fim saltaram, em dez anos, de R$ 4 bilhões anuais para R$ 20,6 bilhões no Brasil.

Entre as transações on-line, o mobile banking é o canal que mais cresce no país.

SISTEMA FINANCEIRO
Alta no crédito aumenta busca por serviços

Entre 2009 e 2013, transações feitas em aparelhos de telefonia móvel, que incluem o uso de aplicativos, tiveram crescimento médio de 270% ao ano, segundo a Febraban.

"O crescimento dos números do mobile banking comprovam que o banco está com o cliente a qualquer hora do dia e em qualquer lugar -ou seja, os produtos e os serviços estão sempre disponíveis", diz diretor de canais digitais do Bradesco, Luca Cavalcanti.

TRANSIÇÃO DIGITAL

Transações nesse canal, no entanto, representam só 6% do total. Hoje, o internet banking, o canal que possibilita fazer transações on-line em computadores, é o preferido pela maioria dos clientes.

De acordo com a Febraban, 41% do total de 40 bilhões de transações bancárias registradas no ano passado foram feitas pelo meio digital.

Na contramão, as transações físicas perdem espaço. Segundo a Febraban, em 2009, 41% das transações ocorreram em agências bancárias, canais de relacionamento por telefone (contact centers) e caixas eletrônicos. Em 2013, o índice caiu para 37%.

"Estamos vivendo uma transição. O meio físico vai continuar existindo. Temos comprovações disso. Mas nós vamos estar com o cliente onde ele estiver por meio da mobilidade", diz Cavalcanti.

O diretor-executivo de Estratégia de Canais da Caixa, Paulo Nergi, afirma que o salto no número de usuários do mobile banking acontece também pela praticidade que o canal oferece.

"Isso se deve à facilidade de acesso para realizar consultas e transações mais corriqueiras como saldo, extrato, transferências, pagamentos e apostas na Mega-Sena."

Para ele, o mercado bancário vive um momento novo.

"A mudança das transações do meio físico para o meio digital é um movimento irreversível e impôs uma nova forma de atuação no mercado", conclui Nergi.

Editoria de Arte/Folhapress

Endereço da página:

Links no texto: