Folha de S. Paulo


Projetos solares surpreendem em leilão de energia

No seu primeiro leilão público nacional em que não teve que disputar com outras fontes mais competitivas, a energia solar surpreendeu e teve um resultado acima do esperado.

O preço-médio da energia solar praticado no leilão desta sexta-feira (31) ficou em R$ 215,12 por megawatt-hora (MWh), um desconto de 17,89% frente ao preço teto de R$ 262 reais permitido para a fonte. O total de energia vendida dessa fonte foi de 202,1 megawatts médios.

Foi vendida energia de 1.048 MW de capacidade instalada de 31 novos projetos, que vão injetar cerca de 889,7 MW na rede elétrica brasileira a partir de 2017, informaram a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O mercado esperava que pelo menos 500 MW e no máximo 1.000 MW de energia solar fossem viabilizados no leilão, com baixo deságio, diante das incertezas em relação ao fornecimento de equipamentos nacionais e alta do dólar. O país só tem uma fábrica de módulos solares e alguns componentes das usinas são importados.

Fabricantes internacionais aguardavam o resultado do leilão para definir se instalarão fábricas no país.

Os parques solares vencedores estão localizados nos Estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Goiás, Ceará, Paraíba. A Renova Energia está entre as vencedoras, vendendo 21,8 MW médios e 106,9 MW de capacidade instalada de energia a serem gerados por quatro parques solares na Bahia, informou a empresa.

EÓLICA

A energia eólica vendeu 333,2 MW médios, no total de 769,1 MW de usinas. O preço médio foi de R$ 142,34 por MWh, desconto de 1,15% ante o preço teto permitido de R$ 144.

A fonte vendeu energia de 31 projetos na Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Piauí. A Renova também vendeu energia eólica de plantas na Bahia: foram 20,9 MW médios e 43,5 MW de capacidade instalada.

Termelétricas a biomassa de resíduos sólidos não venderam energia no leilão.

O leilão negociou R$ 15,9 bilhões em contratos de energia, que serão assinados por 20 anos. A energia precisa começar a ser entregue em outubro de 2017.


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