Folha de S. Paulo


Prévia da inflação acelera em outubro e se mantém acima do teto da meta

O IPCA-15 de outubro foi de 0,48% e veio abaixo do esperado pelo mercado. O indicador, que é uma prévia da inflação oficial do país, fechou o acumulado em 12 meses em 6,62% e superou o teto da meta estabelecida pelo governo, de 6,5% ao ano, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (21).

A taxa em doze meses foi igual à registrada em setembro, quando o indicador variou 0,39%.

A prévia de inflação ficou abaixo das expectativas de analistas consultados pela agência Bloomberg, que apontavam taxa de 0,52% para o mês e 6,66% em 12 meses.

SETORES

Os setores que mais contribuíram para a alta nos preços entre a segunda quinzena de setembro e a primeira de outubro foram alimentação e bebidas e habitação.

O primeiro grupo apresentou uma variação de 0,69% em outubro, contra 0,28% no mês anterior. Já o segundo variou 0,80% ante 0,72% em setembro.

A alta dos alimentos foi influenciada pelas carnes, que ficaram 2,38% mais caras, além dos aumentos da cerveja (3,52%), do frango (1,75%) e do arroz (1,35%).

Na habitação, a energia elétrica ficou 1,28% mais cara e o gás de cozinha subiu 2,52%.

Em setembro, a inflação oficial, medida pelo IPCA, foi de 0,57%, alta em relação ao verificado em agosto. Os setores de alimentos, transportes e energia elétrica favoreceram a alta dos preços.

REGIÕES

Das 11 regiões pesquisadas pelo IBGE, o maior patamar de inflação foi registrado em Brasília, onde os preços subiram 0,73% pressionados principalmente por energia elétrica (5,99%). No mês passado, a inflação na localidade era de 0,74%.

Outras cinco grandes cidades também mostraram taxa de inflação mais intensa de setembro para outubro: Goiânia (de 0,05% para 0,70%), Porto Alegre (de 0,29% para 0,61%), Rio de Janeiro (de 0,22% para 0,56%), São Paulo (de 0,34% para 0,53%) e Belo Horizonte (de 0,30% para 0,34%).

Algumas capitais apresentaram desaceleração de preços, ou até mesmo deflação, no mesmo período, como Salvador (de 0,75% para 0,46%), Fortaleza (de 0,09% para 0,41%) e Recife (de 0,55% para 0,31%)

Com agências de notícias


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