Com quatro dias de greve e às vésperas da eleição, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) fez nova proposta para corrigir os salários dos bancários: o percentual subiu de 7,35% para 8,5%. Para o piso salarial, o aumento é de 9% e para o vale-refeição, de 12,2%.
No reajuste oferecido pelas instituições financeiras, de 8,5%, estão incluídos 2,02% de aumento real, sendo de 2,49% de aumento real para o piso salarial.
A categoria pede 12,5%, o que inclui 5,8% acima da inflação medida pelo INPC (6,35% no acumulado em 12 meses), além de melhores condições de trabalho.
O Comando Nacional dos Bancários está reunido na noite desta sexta-feira para avaliar a proposta. A Folha apurou que eles devem recomendar o fim da paralisação.
No ano passado, após 23 dias de paralisação, os bancários conseguiram reajuste de 8% -com 1,82% de ganho real. Foi a maior greve da categoria desde 2004, quando os funcionários dos bancos pararam por 30 dias.
Em relação aos dias parados, a Fenaban propõe compensação de uma hora por dia no período de 15 de outubro a 31 de outubro, para quem tem jornada de seis horas, e uma hora no período entre 15 de outubro e 7 de novembro, para quem trabalha oito horas.
Para a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), a regra básica prevê o pagamento de 90% do salário mais um valor fixo de R$ 1.837,99, limitado ao teto de R$ 9.859,93. Se o total da PLR ficar abaixo de 5% do lucro líquido do banco, esse valor passa para 2,2 salários com teto de R$ 21.691,82.
Além da regra básica, a proposta prevê uma participação adicional que corresponde a 2,2% do lucro líquido do banco, dividido linearmente para todos os funcionários limitado a R$ 3.675,98.
ADESÃO
Segundo os sindicalistas, as paralisações alcançaram 10.355 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e Distrito Federal. Ele afirmam que foram 976 novas unidades fechadas, um crescimento de 10,4% em relação ao dia anterior.
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancários) não divulga o índice de adesão.