O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, propôs à CVM (órgão fiscalizador do mercado de ações) pagar R$ 500 mil para encerrar processo administrativo por suposta falha na divulgação ao mercado de mecanismo para reajustar combustíveis.
O processo, a que a Folha teve acesso, mostra que o executivo chegou a se defender das acusações, negando ter cometido irregularidades.
É a quarta vez desde 2008 que Barbassa paga para se livrar de investigações da CVM. No total, ele pagou até agora R$ 1,5 milhão.
De acordo com a investigação da CVM, foram encontrados indícios de que investidores negociaram ações de posse de informações sobre um mecanismo para reajuste dos combustíveis em estudo pela empresa, entre setembro e outubro de 2013.
Para a autarquia, a oscilação das ações da Petrobras superou a de dias próximos. Em defesa de Barbassa, a Petrobras afirmou não ver relação entre a oscilação e os rumores.
Procurada desde terça, a empresa afirmou que não faria comentários sobre o acordo.