A região do ABCD paulista tem em São Bernardo do Campo e em Santo André as cidades com os maiores mercados para as construtoras.
Mais populosas e com mais terrenos, elas detêm o maior volume de novos projetos.
Diante da desaceleração da economia, a região como um todo viu os estoques aumentarem e os lançamentos diminuírem desde meados de 2013. Porém, o ajuste tem ocorrido a passos largos.
Segundo dados da Acigabc (associação das construtoras locais), a região, incluindo a cidade de Mauá, encerrou o primeiro semestre de 2014 com 2.639 unidades em estoque. Ao final de 2013, eram 4.202 unidades restantes.
"O mercado diminuiu o ritmo, mas não tivemos uma queda tão brusca de lançamentos como em São Paulo. Acredito que o segundo semestre será ainda melhor", diz Milton Bigucci, presidente da Acigabc e da construtora MBigucci.
No primeiro semestre deste ano, foram lançadas na região 2.568 unidades, alta de 22,6% em relação às 2.094 novas unidades no primeiro semestre do ano passado. Já em São Paulo foram lançadas 11.261 unidades, uma queda de 19,5% em relação ao primeiro semestre de 2013 (com 13.983 apartamentos novos).
Para Bigucci, entre os motivos que justificam a melhora está o fato de as cidades da região terem boa infraestrutura e preços mais atrativos do que São Paulo. O aumento de renda da população local também favorece.
"Antigamente, o morador da região era o trabalhador da indústria. Hoje, o setor de serviços está se desenvolvendo, empregando mais pessoas e elevando a renda e o padrão econômico", afirma.
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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Segundo estudo da empresa de monitoramento imobiliário Geoimovel, o preço médio do metro quadrado na região ABCD ainda é menor do que a média de todas as zonas de São Paulo. O preço do metro quadrado dos estoques está em R$ 5.781, enquanto os lançamentos em R$ 4.460.
"Santo André e São Bernardo são quase bairros de São Paulo, mas com uma diferença de preço alta", diz Thiago Castro, diretor de novos negócios da Abyara Brokers.
Isso faz com que as cidades atraiam não apenas quem já mora na região, que ainda é maioria, mas cada vez mais paulistanos.