Folha de S. Paulo


Crescimento do setor de eventos cria oportunidades pelo Brasil

O mercado de evento movimentou R$ 59 bilhões no ano passado. Em 2002, esse número era de R$ 4 bilhões.

Considerando gastos indiretos, o setor gerou um impacto de R$ 209,2 bilhões na economia brasileira em 2013, o que representa um aumento de 567% se comparado com os R$ 37 bilhões de 2002.

Mais de 60 mil empresas atuam diretamente neste mercado, sendo que 94% delas são micro ou pequenas.

O resultado faz parte de um estudo encomendado pelo Sebrae Nacional e pela Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc) ao
Observatório do Turismo da Universidade Federal Fluminense.

Anita Pires, presidente da Abeoc, diz que o estudo ajuda a dimensionar o impacto econômico e o crescimento do setor, ainda pouco quantificado no Brasil.

Segundo ela, o crescimento do número de eventos no Brasil está relacionado à evolução da economia na última década e ao aumento da quantidade de pesquisas em universidades (que realizam eventos para a difusão do conhecimento).

Na avaliação de Anita, a desaceleração da economia não deve diminuir a expansão do setor de eventos, que deve crescer 14% neste ano.

O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, também cita a maior visibilidade internacional do país nos últimos anos -especialmente após a escolha do
Brasil para sediar grandes eventos esportivos.

De 2003 a 2012, o total de congressos e convenções internacionais por ano passou de 62 para 315.

COMEÇO COMPLICADO

Rafael Zanini, 31, criou a Maximus Laser para poder atuar no mercado de eventos há cinco anos. Desde então, investiu em quatro equipamentos para fazer shows de luzes, com custo de cerca de € 30 mil (R$ 91 mil) cada um.

Ele conta que a maior dificuldade para começar no setor era a inconstância dos convites para fazer seus shows de luzes. Hoje, os eventos são mais frequentes e estão em todo o país -o único Estado em que não esteve é o Amazonas.

"No começo, não é fácil trabalhar com isso, às vezes você não sabe nem se vai ter trabalho ou não. Antes fazia desse negócio uma atividade paralela, mas agora já existem muitas festas, sempre tenho convites."


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