Folha de S. Paulo


Com B.blend, Brastemp amplia atuação no setor de serviços

A máquina B.blend marca a entrada da fabricante Whirlpool, dona da Brastemp, no mercado de bebidas de consumo doméstico -que movimenta algo como US$ 30 bilhões no Brasil.

Lançada em um evento no Itaim, em São Paulo, tendo a apresentadora Didi Wagner como anfitriã, a máquina foi anunciada como uma revolução. "Acabou a ditadura da garrafa. Não é preciso mais guardar um monte de garrafa aberta na geladeira", disse o diretor de Novos Negócios, Fernando Yunes.

Para Didi, a máquina "é mais inteligente" que ela própria. "Basta apertar um botão que ela faz bebidas quentes, geladas e com gás em segundos."

A empresa não revela o preço das cápsulas ou das máquinas, que já estão sendo fabricadas em Joinville, Santa Catarina.

Nos primeiros meses, os clientes do purificador de água, cerca de 180 mil, terão preferência e poderão trocar uma máquina pela outra, uma vez que a B.blend também funciona como filtro, liberando água fria, gelada ou quente.

O modelo de negócios é aberto. Será possível alugar ou comprar. A empresa fará a venda direta das cápsulas ou das máquinas pela internet, mas não descarta vender por meio de grandes redes varejistas.

Inicialmente as cápsulas, em 24 sabores, serão importadas da Alemanha, mas a empresa tem planos de investir em uma fábrica local.

Reprodução
A atriz Scarlett Johansson em comercial da Sodastream
A atriz Scarlett Johansson em comercial da Sodastream

"O sucesso dessa máquina depende do sabor e da qualidade das bebidas. Queremos chegar a ter 200, 500 sabores e fazer parcerias com marcas grandes ou independentes", afirma Yunes.

Entre os sabores lançados nesta primeira fase estão chocolate quente, suco de maça e mix de frutas, chá de ervas e refrigerante de cola. Está em testes uma cápsula de cerveja, mas ainda é preciso vencer algumas barreiras, como o colarinho.

O projeto nasceu em 2010 a partir da ideia da então trainee, Cecília Ribeiro, e já gerou 13 patentes. A Whirlpool investe cerca de 4% do faturamento, de R$ 9 bilhões, em pesquisas.

BEBIDA FEITA EM CASA

Uma nova geração de máquinas tenta mudar a produção e o consumo de bebidas industrializadas.

No modelo atual, os fabricantes comercializam o xarope ou o concentrado para uma engarrafadora. O equipamento adiciona água, acondiciona a bebida em embalagens e distribui para os supermercados.

No novo modelo, as máquinas permitirão ao consumidor produzir sua própria bebida em porções individuais, a partir de cápsulas.


Endereço da página:

Links no texto: