Folha de S. Paulo


Vale quer dobrar exportação de minério de ferro para China até 2018

A China já absorve metade do minério de ferro vendido pela Vale, mas a mineradora brasileira quer aproveitar ainda mais esse mercado asiático.

José Carlos Martins, diretor-executivo de Ferrosos e Estratégia da Vale, prevê dobrar dos atuais 150 milhões de toneladas ao ano para 300 milhões de toneladas ao ano as exportações para a China até 2018.

Naquele ano, a Vale estima ampliar sua produção total para 400 milhões de toneladas –ou seja, a China receberá 75% do minério produzido pela Vale.

"Para chegar a essa meta, vamos ter de ganhar mercado na China. Hoje, nossa participação é de 12%, mas vai aumentar porque temos um produto de ótima qualidade", disse.

Para dar suporte à previsão de aumento dos embarques para a China, a Vale conta com a extração crescente de minério de ferro de Carajás –um dos mais puros e de maior valor do mundo.

A meta é ampliar em 130 milhões de toneladas a produção nessa província mineral no Pará. Outros 20 milhões virão da expansão em Minas Gerais.

Neste ano, a Vale prevê extrair 312 milhões de toneladas. Martins disse, porém, que essa previsão pode ser superada graças ao bom desempenho observado até agora.

PREÇO

Martins diz não se assustar com as previsões pessimistas para o preço do minério –que resiste há meses abaixo de US$ 100 a tonelada.

"Vamos produzir e ser competitivos com qualquer patamar de preço", afirmou.

Se as cotações caírem muito, avalia, minas de custo mais alto serão fechadas. Desse modo, diz, a oferta será menor e os preços vão se recuperar.


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