Folha de S. Paulo


Energia sobe até 36,4% para clientes de cinco distribuidoras do país

O custo da energia elétrica será reajustado em até 36,4% para algumas distribuidoras do país a partir desse mês.

É o que decidiu hoje a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nas análises de reajuste tarifário anual de cinco distribuidoras de energia.

Segundo o diretor-geral da agência, Romeu Rufino, os reajustes elevados já levam em consideração o custo mais alto da energia elétrica no país, o que deve fazer com que essa tendência seja mantida para os demais reajustes de distribuidoras concedidos ao longo do ano.

Segundo ele, o mix de compra da energia (já que as distribuidoras compram energia de várias fontes) chega a aumentar mais de 50% em algumas regiões.

"A Aneel já está repercutindo o maior custo da energia no país", afirmou Rufino.

Em algumas distribuidoras, houve melhoria na qualidade do serviço, o que faria com que o reajuste fosse abaixo da inflação do período calculada pelo IGP-M, caso o custo da energia não tivesse se elevado tanto.

ESPÍRITO SANTO E PARÁ

Para os 1,4 milhão de consumidores do Espírito Santo atendidos pela Escelsa, o aumento será de 24,7% para os consumidores residenciais e de 21,9% para grandes consumidores como indústrias por exemplo.

Os 1,9 milhão de consumidores do Pará atendidos pela Celpa pagarão mais 34,3% (residenciais) e 36,4% (grande consumidores).

A Jari Celulose, que fornece para 2,5 mil consumidores próximos à sua unidade de produção no interior do Pará, poderá reajustar em 5,75% as tarifas.

SANTA CATARINA

Já a Celesc, que fornece energia a 2,6 milhões de unidades consumidoras em Santa Catarina, foi autorizada a reajustar suas tarifas em 22,7% para os consumidores residenciais e em 22,4% para os grandes consumidores.

A Iguaçu Energia, que distribui para 32 mil consumidores do oeste de Santa Catarina, terá reajustes de 5,86% (residenciais) e 5,75% (grandes).

Segundo Rufino, o reajuste normal do ano para outras empresas seria semelhante ao da Iguaçu, não fosse o aumento do preço da energia. Por ser pequena e conseguir comprar toda a energia de hidrelétricas, ela não teve variação elevada de custo.

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Veja, abaixo, outros reajustes já autorizados pela Aneel neste ano.

SUDESTE

SÃO PAULO

Eletropaulo
6,7 milhões de residências, escritórios e indústrias em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital
18,06% para residências
19,93% para indústrias

Bragantina
122 mil unidades de consumo, 15 municípios (5 na região de Bragança Paulista, SP, e 10 em Minas Gerais)
14,98% para residências
14,43% para indústria

Vale Paranapanema
167 mil unidades de consumo, em 27 municípios (região de Assis)
18,98% para residências
21,31% para indústria

CNEE (Companhia Nacional de Energia Elétrica) mil unidades de consumo, em 15 municípios (região de Novo Horizonte e Catanduva)
16,93% para residências
16,64% para indústrias

Caiuá-D (Caiuá Distribuição de Energia)
230 mil unidades de consumo, em 24 municípios (região de Presidente Prudente)
14,42% para residências
13,39% para indústrias

MINAS GERAIS

Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais)
18,2 milhões de clientes, em 774 municípios
14,24% para residências
12,41% para indústria

Bragantina
122 mil unidades de consumo, 15 municípios (5 na região de Bragança Paulista, SP, e 10 em Minas Gerais)
14,98% para residências
14,43% para indústria

Energisa Minas Gerais
407 mil residências em 66 municípios de Minas e do Rio de Janeiro
5,8% para residências
3,75% para indústrias e consumidores de alta tensão

RIO DE JANEIRO

Energisa Minas Gerais
407 mil residências em 66 municípios de Minas e do Rio de Janeiro
5,8% para residências
3,75% para indústrias e consumidores de alta tensão

Energisa Nova Friburgo
96 mil residências e comércios no município de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro
13,66% para residências
7,94% para indústrias e consumidores de alta tensão

ESPÍRITO SANTO

Escelsa
1,4 milhão de consumidores
24,7% para residências
21,9% para indústrias e consumidores de alta tensão

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SUL

RIO GRANDE DO SUL

AES Sul
1,2 milhões de clientes, em 118 municípios
28,99% para residências
30,29% para indústria

PARANÁ

Copel
4,22 milhões de clientes, em 396 municípios (3 deles apenas na área rural)
23,89% para residências
26,28% para indústrias

Cocel
Município de Campo Largo
42,02%, em média

SANTA CATARINA

Celesc
2,6 milhões de unidades consumidoras
22,7% para residências
22,4% para grandes consumidores

Iguaçu Energia
32 mil consumidores do oeste de Santa Catarina
5,86% para residências
5,75% para grandes consumidores

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NORDESTE

PERNAMBUCO

Celpe (Companhia Energética de Pernambuco)
3,2 milhões de clientes, em todos os municípios pernambucanos
17,69% para residências
17,86 para indústrias

SERGIPE

Energisa Sergipe
630 mil clientes, em 63 municípios
12,17% para residências
11,31% para indústrias

CEARÁ

Coelce (Companhia Energética do Ceará)
Mais de 3 milhões de clientes, em 184 municípios
17,02% para residências
16,16% para indústrias

BAHIA

Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia)
5,3 milhões de clientes, em 415 municípios
14,82% para residências
16,04% para indústrias

RIO GRANDE DO NORTE

Cosern (Companhia Elétrica do Estado do Rio Grande do Norte)
Mais de 1,2 milhão de clientes, em 167 municípios
11,40% para residências
15,78% para indústrias

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CENTRO-OESTE

MATO GROSSO DO SUL

Enersul
909 mil unidades de consumo, em pelo menos 10 municípios
9,4% para residências
14,11% para indústrias

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NORTE

TOCANTINS

Celtins
574 mil residências, empresas e indústrias do Tocantins
10,98% nas tarifas dos consumidores residenciais
10,43% para industriais

PARÁ

Celpa
1,9 milhão de consumidores
34,3% para residências
36,4% para indústrias

Jari Celulose
2,5 mil consumidores próximos à sua unidade de produção no interior do Pará
5,75% de reajuste


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