Há exatos 20 anos entrava em vigor uma nova moeda no país, o real.
Parte do plano homônimo para controlar a inflação, a novidade envolveu um batalhão de pessoas e uma operação especial nos bancos e redes de comércio por todo o Brasil para garantir a troca do cruzeiro real pela nova moeda.
Para que o real começasse a circular a partir do dia 1º de julho de 1994, o Banco Central encomendou a fabricação, em maio, de quase 2 bilhões de cédulas do novo padrão monetário, para dispor de uma reserva de aproximada de R$ 27 bilhões no dia da estreia.
O governo estipulou o dia 15 como prazo final para a troca da moeda e envolveu as Forças Armadas no processo.
Os bancos abriram em regime de plantão no primeiro final de semana do real, quando fizeram exclusivamente a troca de moedas. Linhas telefônicas especiais foram criadas para tirar dúvidas.
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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PREPARAÇÃO
As redes de varejo atrasaram a abertura para poder apresentar os preços em reais. As lojas do Eldorado, por exemplo, permaneceram fechadas um dia inteiro para a atualização das etiquetas.
No Mappin, parte dos caixas foi separada para fazer apenas a troca das moedas. Também era possível pagar com cruzeiros reais até o dia 15 e o troco era dado já em reais.
Os cheques pré-datados emitidos em cruzeiros reais foram compensados até o dia 29 de julho.
A operação de mudança da moeda exigiu um esforço especial dos bancos. O Bradesco precisou destacar 1.500 funcionários da equipe de tecnologia para fazer a atualização nos cerca de 25 mil programas de computador do banco na véspera da estreia do real.
