Folha de S. Paulo


Aplicativos querem ser o novo manual do carro

Para saber por que uma luzinha estranha está acesa no painel do carro, muitas vezes é preciso pará-lo, abrir o porta-luvas e buscar a informação no manual. Empresas iniciantes estão tentando tornar esse processo mais simples, com o uso do celular.

A going2 mobile lançou, no ano passado, o Carrorama, ferramenta que permite controlar diferentes aspectos de carros e motos, como gastos com abastecimento, manutenção, financiamento etc. O usuário baixa o aplicativo e insere as informações.

A ideia é aprimorar o serviço. "Vamos disponibilizar uma tecnologia para que carro e celular se comuniquem diretamente", conta André Machado, 34, um dos criadores junto a Naian Alves, 28.

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Naian Alves, um dos criadores do aplicativo SocialCar
Naian Alves, um dos criadores do aplicativo Carrorama

"Se uma luz acende no painel, o usuário é informado sobre do que se trata e o que deve fazer. Queremos eliminar o manual do carro", explica.

Machado já investiu R$ 1 milhão no aplicativo, usando capital próprio, e deve aplicar mais R$ 6 milhões até o segundo semestre de 2015. O sistema tem 70 mil usuários.

Até o momento, eles não ganham dinheiro com a ferramenta. Segundo Machado, um dos planos é ter publicidade no aplicativo.

A start-up Massa Cinzenta Brasil também deve lançar, no próximo semestre, um aplicativo de gerenciamento de veículos. O SocialCar usa um equipamento instalado no carro para capturar dados e indicar problemas.

"O usuário terá acesso a informações do seu consumo de combustível, por exemplo", explica Gilson Ferreira, 38, diretor-executivo.

O aplicativo também usará a geolocalização. Será possível saber quando será preciso trocar o óleo e receber indicações de locais próximos para fazer isso. Se o veículo for roubado, o usuário tem acesso à localização dele.

"Não queremos bater de frente com grandes empresas de segurança e rastreamento. A ideia é oferecer o serviço para pessoas que precisam de opções acessíveis", diz.

Os usuários deverão pagar mensalidade para utilizar a ferramenta. "O valor deve ser 40% menor do que o praticado pelo mercado, que é, em média, de R$ 70", promete.

Para desenvolver a tecnologia, a empresa recebeu investimentos de um fundo de Sorocaba.

Colaborou BÁRBARA LIBÓRIO, de São Paulo


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