Folha de S. Paulo


Twitter vira novo canal de vendas da Amazon

A Amazon uniu forças com o Twitter a fim de facilitar a compra de produtos a partir do microblog.

Funciona assim: ao receber um tuíte com link de produto da Amazon, o usuário pode adicioná-lo a seu carrinho de compras ao responder com a hashtag #AmazonCart.

A iniciativa faz parte dos esforços do setor de tecnologia para encontrar maneiras de combinar a mídia social e o comércio eletrônico.

O recurso visa fazer do Twitter uma nova vitrine para a Amazon, que nunca se envolveu muito com mídia social, em parte porque Jeff Bezos, seu presidente-executivo, não deseja compartilhar os clientes de sua empresa com outras companhias, segundo ex-subordinados.

A despeito do potencial, para os consumidores, de obter ideias de consumo com amigos e especialistas em sites como Twitter e Facebook, até o momento a mídia social teve sucesso limitado na geração de transações bem-sucedidas de e-commmerce.

Ainda que o Twitter não vá faturar diretamente com as vendas na Amazon, espera encorajar outros sites de comércio eletrônico a gastar mais em publicidade.

Os "cartões" do Twitter –widgets dentro de um tuíte individual usados mais comumente para mostrar fotos e vídeos– já vêm sendo utilizados por grupos de varejo on-line como o eBay a fim de mostrar mais informações quando um usuário acessa o Twitter para postar links para um produto. Mas o consumidor ainda precisa clicar para chegar ao site e fazer a compra.

Em vídeo sobre o acordo, a Amazon exorta: "Não é mais preciso mudar de app ou lembrar de que produtos você viu no Twitter".
Sucharita Mulpuru, analista da Forrester Research, afirma não crer que isso seja "necessário [para a Amazon], porque o melhor uso das redes sociais é para conscientização, e a Amazon não tem problemas quanto a isso -todos sabem que ela existe".

Reprodução
A Amazon Appstore brasileira, loja com aplicativos para Android
A Amazon Appstore brasileira, loja com aplicativos para Android

INFORMAÇÃO

Ela diz que, quando muitos se interessam por um produto, a probabilidade de o procurarem na Amazon é igual à de que o façam no Google.

"O problema é que o Twitter é um fluxo de notícias e informação, não de comércio", diz. "As experiências de compras que ocorreram até o momento no microblog não vêm mostrando muito sucesso."

A parceria envolve questões mais amplas sobre que proporção de sua vida a pessoa deseja revelar na mídia social e sobre se sua propensão a compartilhar interesses e hábitos se estende às compras.

Tradução de PAULO MIGLIACCI


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