Folha de S. Paulo


Última fábrica de cigarros do Grã-Bretanha fechará suas portas

A última fábrica de cigarros da Grã-Bretanha está perto de fechar. A Imperial Tobacco vai encerrar as atividades de sua unidade de Nottingham, bem como sua maior fábrica da marca de cigarros Gauloise, em Nantes (França). Os dois fechamentos colocam quase mil empregos em risco.

A Imperial emprega 540 pessoas em sua fábrica e centro de distribuição em Nottingham, onde produz cigarros das marcas Lambert & Butler, Embassy, Regal, Superkings (conhecidos como John Player) e JPS.

A única fábrica que restará no Reino Unido será a que a Japan Tobacco International opera na Irlanda do Norte [que é parte do Reino Unido, mas não da Grã-Bretanha].

A Unite, a maior central sindical britânica, acusou a Imperial de "dumping social" e de transferir a produção a países europeus orientais de baixo custo, como a Polônia, prometendo lutar contra os fechamentos, ao lado de sindicatos franceses do setor.

A Imperial, que conta com 46 fábricas e 35 mil funcionários em todo o mundo, tem 320 funcionários em Nantes. Outros 120 empregos seriam cortados com o fechamento de seu centro de pesquisa em Bergerac, ainda que possa acontecer a criação de 80 novas vagas.

A empresa sofre com a queda de fumantes nos países desenvolvidos. No Reino Unido, que responde por 20% das vendas da Imperial, as vendas caíram 16% no ano passado.

A rival British American Tobacco, por exemplo, tem a maior parte da receita em países emergentes, onde a taxa de fumantes é estável ou até sobe.


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