Tesouras e esmaltes são os instrumentos de trabalho escolhidos por uma em cada sete brasileiras que atuam por conta própria.
Isso porque o setor de beleza é o que mais atrai empreendedoras no país: são pouco mais de 1 milhão de donas de salões, cabeleireiras e manicures, de um total de 6,6 milhões que têm um negócio.
As informações são de estudo do Sebrae feito a partir de dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), do IBGE, e mostram o cenário de 2012.
Após as empresárias do setor de beleza, aparecem as donas de bar e restaurante (670 mil) e as vendedoras ambulantes (580 mil). A maioria delas escolhe o setor de serviços (38%), depois comércio (33%) e indústria (20%).
Vanessa Marchesini, 30, de Jundiaí (SP), resolveu apostar no segmento da beleza em 2008, quando estava no último ano da faculdade de administração.
| Moacyr Lopes Junior/Folhapress | ||
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| A empresária Vanessa Marchesini, que abriu um salão de beleza em Jundiaí (SP) |
Para começar a atender, ela deixou um emprego na área financeira e passou a fazer unhas em um quarto no fundo de sua casa. O principal investimento, diz ela, foi um espelho de R$ 30.
Agora, depois de fazer cursos e comprar mais equipamentos, ela prepara para aumentar o tamanho da empresa. Ela passará a atender em um espaço maior, com mais uma esteticista.
Marchesini diz que consegue ganhar o dobro do que recebia no emprego anterior. Para o futuro, quer abrir mais salões com seu nome.
Como no caso de Marchesini, a possibilidade de trabalhar em casa ou perto dela é um dos fatores que levam mulheres ao setor, diz Luiz Barretto, presidente do Sebrae.
Outros incentivos são o baixo custo para começar a trabalhar, o grande mercado consumidor e a afinidade das mulheres com o setor, diz.
Amanhã, o Sebrae divulgará as vencedoras da décima edição do prêmio Mulher de Negócios, que reconhece histórias de empresárias.
Três mulheres de cada Estado concorrem à premiação nas categorias pequeno negócio, negócios coletivos e microempreendedora individual.