As vendas de Natal tiveram um aumento real –já descontada a inflação do período– de 5% nos shoppings de todo o país, segundo a Alshop (associação do setor). Apesar do crescimento, é o pior desempenho em cinco anos.
Os dados consideram as 16 mil novas lojas abertas em 38 shoppings e em áreas de expansão em centros comerciais já existentes.
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Levando em conta apenas as unidades que estavam em funcionamento no ano passado, houve estabilidade no faturamento.
De acordo com a Alshop, a alta do dólar, as dificuldades para se obter crédito, a alta dos juros e também as viagens de brasileiros para fazer compras em Miami e outros destinos no exterior explicam esse fraco movimento.
Na avaliação da associação, essa desaceleração não é apenas conjuntural e veio para ficar. "A volúpia de compras acabou. As pessoas ja compraram o que precisavam e agora estão fazendo reposição", diz Luiz Augusto Idelfonso da Silva, diretor de relações institucionais da Alshop.
No ano, houve crescimento real de 2,5%, considerando as expansões, e estabilidade levando em contas as mesmas lojas.
O segmento de vestuário foi o mais afetado, com queda de 2,5% no ano, considerando as mesmas lojas, e redução menor, de 1%, no Natal. "O Natal foi um alento para o vestuário porque as pessoas procuraram presentes mais baratos e as roupas permitem isso", afirmou Nabil Sahyoun, presidente da entidade.
O gasto individual do brasileiro neste Natal caiu 10% com relação ao ano anterior. Nos shoppings populares, o ticket médio ficou entre R$ 35 e R$ 55. Já nos de classe média e alta, variou entre R$ 75 e R$ 125.