Folha de S. Paulo


Economia deve acelerar no 4º tri e fechar 2013 com crescimento de 2,5%

Superada a queda no terceiro trimestre, economistas projetam que a economia já vive uma fase de recuperação nestes três últimos meses do ano, capaz de levar o PIB a um crescimento em torno de 2,5% em 2013.

Segundo a Rosenberg & Associados, a expansão deve ficar em 0,8% no quarto trimestre em relação aos três meses anteriores. Se confirmada, diz, a previsão é compatível com um crescimento de 2,5% --melhor do que o 1% de 2012, mas ainda num ritmo tido como fraco por especialistas.

Para a instituição, há sinais "de aceleração" do consumo interno e "perspectivas de que o investimento (que acumula alta neste ano apesar da queda no trimestre) continue em "terreno positivo". Com esse cenário, a consultoria prevê um crescimento também de 2,5% em 2014.

A Rosenberg esperava, porém, uma queda menos intensa no terceiro trimestre, de 0,2%. A LCA projetava a mesma taxa. O resultado de 0,5%, que estava dentro da faixa das estimativas da maioria dos analistas, superou a média de 0,3% das previsões de mercado, apurada pela agência de notícias Bloomberg.

A LCA ainda revê suas previsões, mas espera uma expansão de 2,1% a 2,5% neste ano. A Gradual Investimentos diz que sua projeção de 2,6% de crescimento do PIB em 2013 não deve sofrer grandes alterações.

Segundo André Perfeito, economista-chefe da Gradual, a "política monetária mais austera" --ou seja, a alta dos juros pelo Banco Central acima do previsto pelo mercado-- está impondo à economia "uma parada brusca".

Ao analisar a queda de 0,5% do segundo para o terceiro trimestre, Perfeito, vê uma mudança de cenário que afetou a economia. Ele cita a perspectiva de rebaixamento da classificação de risco da dívida brasileira, a inflação acima do teto da meta naquele período (o IPCA cedeu e voltou para próximo do topo da meta), juros mais elevados e "as maiores manifestações populares da história da República."

Para Rebeca Palis, gerente do IBGE, os números do PIB não revelam impacto das manifestações _embora a pesquisa de comércio do IBGE tenha mostrado o efeito dos protestos nas vendas do setor.

Editoria de Arte/Folhapress


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