A Azul vê na concessão do aeroporto de Confins para a iniciativa privada uma possível saída para os problemas que enfrenta em suas operações no aeroporto mineiro.
"Estamos doidos pela concessão em Confins", diz Marcelo Ribeiro, diretor de planejamento e alianças da companhia aérea.
Atualmente, o aeroporto é o segundo que mais recebe voos da empresa --o primeiro é Viracopos, em Campinas (SP), leiloado em 2012.
Para Gianfranco Beting, diretor de comunicação, marca e cultura da companhia, a experiência nos aeroportos privatizados tem sido "muito boa" para a Azul.
"Eles estão recebendo investimentos de forma mais rápida, e a administração é sensível aos pleitos das companhias e dos passageiros."
Para Beting, há um descompasso entre a capacidade instalada de Confins e o número de passageiros.
"Não é um problema de gestão do aeroporto", afirma. "A infraestrutura de Confins não acompanhou a demanda. Ele opera muito acima da sua capacidade."
A Azul enfrenta dificuldades no aeroporto, como ter de estacionar aeronaves no pátio de cargas, o que prejudica sua estratégia de fazer conexões entre voos regionais e operar uma extensa malha aérea por meio de "hubs".
Com 17% do mercado e 31% das decolagens no país, a Azul é a terceira maior companhia aérea do Brasil (atrás de TAM e Gol).
A entrada da empresa no mercado, em 2008, impulsionou o movimento em Viracopos, que avançou 345% nos dois primeiros anos de operação da companhia.
Dos 7,6 milhões de passageiros que passaram por Campinas entre janeiro e outubro deste ano, 6,4 milhões (84%) eram clientes da Azul.