Diante de um cenário de produção ainda fraca e oscilante, o emprego na indústria encolhe e registrou, em setembro, sua quinta taxa mensal negativa, com queda de 0,4% frente a agosto, de acordo com dados do IBGE, divulgados nesta terça-feira (12).
Nesses cinco meses, a ocupação no setor tem uma perda acumulada de 1,7%.
Indústria de São Paulo cai e provoca desaceleração do setor no 3º trimestre
No terceiro trimestre, a indústria demitiu com mais intensidade do que nos trimestres anteriores diante de um cenário de produção fraca, juros altos, consumo combalido e confiança de empresários abalada.
O total de empregos do setor caiu 0,9% no terceiro trimestre, frente o trimestre imediatamente anterior. A retração supera as quedas de 0,1% e 0,2% registradas no primeiro e segundo trimestre, respectivamente.
Segundo o IBGE, o emprego recuou 1,4% na comparação com setembro de 2012, na 24ª taxa negativa seguida.
No acumulado do ano, o indicador soma uma queda de 0,9% e, em 12 meses, acumula perda de 1%.
RENDA REAGE
Apesar da perda do ritmo do emprego, a renda dos trabalhadores da indústria reagiu e avançou 1,6% de agosto a setembro, recuperando parte da perda de 2,3% observada em agosto.
O IBGE ressalta, porém, que o resultado tem "clara influência da expansão de 8,5% registrada pelo setor extrativo", em decorrência de pagamento de benefícios extras da Petrobras.
No terceiro trimestre, porém, a folha de pagamento da indústria, indicador do rendimento do setor, registrou queda de 1% no terceiro trimestre do ano e eliminou parte do avanço de 1,4% no período abril-junho de 2013.
Na comparação com agosto de 2012, o valor da folha apontou expansão de 2,5% em setembro de 2013. No índice acumulado dos nove meses de 2013, houve avanço também de 2,5%.