Folha de S. Paulo


David Neeleman cria empresa de vigilância com vendedores mórmons

Sócio fundador da Azul, o empresário David Neeleman anunciou a criação de mais um negócio no país: uma empresa de vigilância e monitoramento, a Vigzul.

O empresário americano nascido no Brasil está investindo junto como fundo Peterson Capital o valor de US$ 100 milhões na nova companhia. O fundo pertence a Joel Peterson, atual presidente do conselho da Jetblue e velho companheiro de empreendimentos de Neeleman.

Ajudou a financiar a criação da Jetblue e da Azul. Neeleman detém o controle do negócio, que será tocado por seu irmão, Mark Neeleman e os executivos Paulo Amorim e Renato Saibro.

A empresa nasce em Campinas, base operacional da Azul, focada em residências e pequenos comércios. "Começamos por Campinas pois as pessoas lá conhecem bem o padrão de serviços da Azul, que será o mesmo na Vigzul", diz o empresário.

As vendas serão realizadas no sistema porta a porta e o recrutamento dos vendedores será feito, principalmente, junto a jovens da comunidade mórmon, religião de Neeleman.

Existem atualmente no Brasil cerca de 8 mil mórmons em missões que duram dois anos. Metade desse contingente de missionários é formada por brasileiros. A outra metade são americanos que falam português. "São jovens de 21 a 25 anos das classes D e C-, com universidade e que após, concluírem a missão, saem em busca de trabalho e de constituir uma família", disse Neeleman.

Os equipamentos da Vigzul permitem ao usuário monitorar casas 24 horas e abrir e fechar o portão por um comando no celular. Os equipamentos serão alugados, e os pacotes terão mensalidades de até R$ 264 (pacote completo).

A meta é chegar a 40 mil clientes em três anos -e alcançar mais de 30 cidades com mais de 400 mil habitantes dentro de seis a sete anos. Depois de Campinas, a empresa mira Sorocaba e Jundiaí.

Esta não é a primeira investida de Neeleman no setor de monitoramento. Há alguns anos ele investiu em uma start up americana, a Vivid, que também opera no modelo porta a porta, com cerca de 30% da força de vendas formada por mórmons. A empresa foi vendida recentemente por US$ 2 bilhões, segundo Neeleman.


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