Folha de S. Paulo


Forever 21 e Desigual devem chegar ao Brasil neste ano

O Brasil parece ter entrado definitivamente na rota de crescimento das marcas de moda acessível.

Depois de Top Shop, que estreou em 2012, e GAP, que abriu a primeira loja em setembro, a americana Forever 21 e a espanhola Desigual planejam inaugurar lojas no Brasil até o fim do ano.

A Forever 21 escolheu o shopping Morumbi, enquanto a Desigual vai abrir uma loja no Rio e duas em São Paulo, incluindo uma já em obras no shopping Higienópolis.

"O processo de importação é complicado, os preços não são como os de Londres, mas ainda assim a demanda está acima das expectativas. Não imaginávamos que iríamos fechar 2013 com quatro lojas", diz Daniela Valadão, gerente de marca da Top Shop.

Presente no Iguatemi e no JK, a empresa inaugura hoje uma loja em Ribeirão Preto (SP). Em novembro está prevista mais uma inauguração, no Market Place, em São Paulo. "Para 2014 vamos para Curitiba, Campinas e talvez mais uma ou duas fora da capital paulista."

Valadão conta que, para cobrar preços competitivos com os custos de logística e os impostos de importação vigentes, a empresa espreme margens em alguns produtos básicos -como um jeans a R$ 129, por exemplo- e cobra mais em peças de moda.

"Nunca vou conseguir chegar no preço da Top Shop de Londres, mas, mesmo nas peças mais caras, ainda somos mais competitivos que grifes locais."

Para Valadão, a chegada de grifes acessíveis estrangeiras deve mudar a forma de o brasileiro comprar roupas. "As pessoas vão ver que não precisam pagar R$ 300 por uma camisa básica ou R$ 600 num jeans."

Os produtos da Top Shop saem de 76 países e são centralizados em Londres antes de serem distribuídos para as lojas no exterior.

A mercadoria que vem para o Brasil chega de avião. Praticamente toda semana há novos produtos.

"Temos sofrido com overbooking na carga aérea, por isso, mesmo com agendamento, nunca tenho certeza se vou conseguir despachar no dia planejado", afirma Valadão.

O processo todo de importação leva cerca de três semanas. "Importar é complicado. Mas a indústria nacional tampouco está preparada para entregar a quantidade, o preço e a qualidade que a gente precisa."


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