Folha de S. Paulo


Disputa de Libra deve contar com participação de dois a quatro consórcios, diz ministro

A disputa no Campo de Libra deve contar com a participação de dois a quatro consórcios, segundo disse nesta quinta-feira (10) o ministro Edison Lobão (Minas e Energia).

Ontem, o TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou os estudos da ANP (Agência Nacional de Petróleo) para que o leilão ocorra em 21 de outubro.

Segundo o ministro, o governo está confiante de que haverá disputa no pregão, uma vez que "sete das 11 maiores empresas do mundo" demonstraram interesse na área.

No fim do mês passado, Lobão veio a público defender o leilão do pré-sal uma vez que 11 empresas demonstraram interesse em participar. O governo esperava a inscrição de 40.

Na época, ficaram de fora gigantes do setor, como as norte-americanas Exxon Mobil e Chevron e as britânicas BP e BG.

Para Lobão, ainda que houvesse apenas um interessado, o governo ainda seguiria com o leilão.

GASOLINA

O ministro Edison Lobão mais uma vez afirmou que ainda não há previsão para o aumento no preço da gasolina, pleito defendido pela Petrobras. "Não sei nem se terá", disse o ministro.

A empresa alega que os preços estão defasados e insiste há meses que o governo conceda o reajuste.

"O presidente do conselho, ao aprovar o aumento em janeiro, disse que poderia haver até o fim do ano uma nova revisão dos preços. Quem decide isso é a diretoria e o Conselho de Administração da Petrobras", disse Lobão.

"Justo é, se deve ser feito agora, não sabemos", completou.

Questionado sobre o mesmo tema, ontem, o presidente do Conselho de Administração da Petrobras e ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o aumento dos combustíveis não é assunto do governo. "Reajuste da gasolina é da Petrobras".

A dificuldade de a estatal elevar os preços foi um dos motivos apresentados pela agência americana de classificação de risco Moody's para rebaixar a nota da companhia na semana passada.


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