Folha de S. Paulo


Uso do cheque cai 35% desde 2006, indica BC

As transações envolvendo cheques continuam caindo no Brasil, conforme dados do mais recente relatório dos meios de pagamento no Brasil divulgado nesta quinta-feira (10) pelo Banco Central e referentes a 2012.

A quantidade de operações envolvendo esse meio de pagamento registrou queda de 35%, saindo de 2,21 bilhões em 2006 para 1,44 bilhão no ano passado.

No mesmo período, as transações envolvendo cartões de débito cresceram 189,1%, saltando para 4,13 bilhões. Para cartões de crédito, o avanço foi de 147,7%, passando para 4,49 bilhões.

O relatório aponta ainda que, apesar da queda no uso do cheque, os valores emitidos continuam aumentando. Se em 2006 o valor das transações alcançou R$ 2,08 trilhões, no ano passado o montante somou R$ 2,84 trilhões, avanço de 36,7%.

No débito, a variação foi de 253,7% --até R$ 237 bilhões--, enquanto no crédito o montante passou de R$ 146 bilhões para R$ 468 bilhões, crescimento de 220,5%.

CRÉDITO

A diminuição do uso do cheque no Brasil foi apontada há duas semanas pela Folha. Segundo especialistas, apesar da redução do cheque como meio de pagamento, ele sobrevive como instrumento de crédito e para complementar o limite do cartão de crédito.

O cheque é usado ainda em compras programadas, como a entrada para a aquisição de um veículo ou de um imóvel, ou na compra de materiais de construção.

Segundo José Antônio Praxedes, presidente da Telecheque, empresa especializada na verificação de cheques, é cedo para decretar o fim desse meio de pagamento, que ainda representa 65% dos pagamentos feitos em agências de turismo e de 3% a 5% das compras diárias feitas em supermercados.


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