O governo brasileiro aprovou nesta quinta-feira (3) a proposta do país para a formação da área de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. A decisão foi tomada em reunião da Camex (Câmara de Comércio Exterior).
O documento será agora enviado aos demais países do bloco para a formação de uma lista em comum, informou o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). A Venezuela, contudo, ficará de fora da oferta incial do Mercosul, que tem de ser encaminhada aos europeus até dezembro deste ano.
O governo não quis dar detalhes sobre a proposta aprovada. Segundo o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, ela envolve "mais ou menos" 85% do comércio bilateral entre a União Europeia e o Brasil.
Reportagem da Folha de hoje informou que a proposta brasileira irá englobar entre 85% e 90% do comércio bilateral entre o Brasil e o bloco.
Os produtos terão um cronograma gradual de redução da tarifa de importação, com diminuição das alíquotas a cada dois anos até que cheguem a zero.
Boa parte deve atingir a meta final em dez anos. Os que ainda precisam de um prazo maior de proteção serão colocados num calendário de até 15 anos.
A ideia de formar uma lista única do Mercosul para enviar aos europeus ainda enfrenta problemas, segundo Antonio Andrade.
"O que está mais dificultando é a argentina. Mas acreditamos que a Argentina dentro em breve vai fornecer sua lista e encaminharemos uma lista em conjunto de todo o Mercosul", afirmou o ministro.