Folha de S. Paulo


Bolsa sobe amparada por Petrobras, Vale e OGX

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registra leve alta nesta segunda-feira (23) com investidores analisando dados melhores sobre a indústria chinesa. Às 11h33 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,74%, a 54.510 pontos.

O desempenho positivo do índice era estimulado pelo ganho de 1,45% das ações mais negociadas da Vale, às 11h33, depois que o Índice de Gerentes de Compras (PMI) preliminar mostrou que o setor industrial da China cresceu no ritmo mais rápido em seis meses em setembro. A China é o principal cliente internacional da Vale.

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Nos EUA, o crescimento da atividade industrial desacelerou em setembro à medida que a demanda por produtos caiu e as empresas contrataram menos funcionários, mostrou o PMI divulgado nesta segunda-feira.

Os investidores também repercutem a notícia de que economistas de instituições financeiras fizeram um ajuste para baixo na perspectiva para a inflação deste ano no Brasil, mas passaram a ver uma alta maior dos preços em 2014, mostrou pesquisa Focus do Banco Central.

Além das ações da Vale, também registram ganhos nesta manhã os papéis mais negociados da Petrobras, de 0,95%, às 11h22, contribuindo para o desempenho positivo do Ibovespa. Essas ações representam mais de 7% do índice.

Quem liderava a ponta positiva do Ibovespa no mesmo horário eram os papéis da OGX, petroleira de Eike Batista, que subiam 2,63% depois que o ex-diretor de relações com investidores da Brasil Telecom Paulo Amaral foi nomeado, ontem, como novo diretor financeiro e de relações com investidores da OGX.

Já as ações preferenciais (mais negociadas e sem direito a voto) da Oi caíam 1,62%, às 11h24, após a maior acionista da empresa, a Portugal Telecom, ter descartado capitalizar a companhia. O mercado esperava um aporte como forma de reduzir o pesado endividamento da Oi.

CÂMBIO

No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha leve queda de 0,19% em relação ao real, às 11h30, cotado em R$ 2,202 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, caía 0,72% no mesmo horário, a R$ 2,203.

O Banco Central realizou mais cedo um leilão de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro. A autoridade vendeu, ao todo, 10 mil contratos com vencimento em 3 fevereiro de 2014, por US$ 497,4 milhões.

A operação estava prevista pelo plano da autoridade para conter a escalada do dólar. O programa do BC --que começou a valer em 23 de agosto-- prevê a realização de leilões de swap cambial tradicionais de segunda a quinta, com oferta de US$ 500 milhões em contratos por dia, até dezembro.

Às sextas-feiras, o BC oferecerá US$ 1 bilhão por meio de linhas de crédito em dólar com compromisso de recompra --mecanismo que pode conter as cotações sem comprometer as reservas do país.


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