Folha de S. Paulo


Governo quer exigência de 4G no interior

O governo pretende casar a implantação da internet 4G em capitais e cidades do interior do país. A proposta, em fase final de estudo pelo Ministério das Comunicações, impõe mais essa obrigação às teles no edital para leilão da faixa de frequência 700 MHz.

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A Folha apurou que a intenção é montar um cronograma para a implantação do sistema que combine as cidades centrais com algumas em que o mercado consumidor seja menor, mas que já tenham frequência desocupada e pronta para uso -o caso de cerca de 4.800 municípios brasileiros.

A primeira versão do edital ficará pronta em agosto, para publicação em novembro. O leilão da faixa de 700 MHz deve ocorrer em março ou abril do ano que vem.

O cronograma definirá que essa implantação nas cidades menores terá que ser feita de forma escalonada. Os municípios serão separados por número de habitantes, e as teles terão prazo máximo de sete a oito anos para implantação da cobertura nacional.

Esse processo deve começar em junho do ano que vem, passados cerca de dois a três meses da realização do leilão.

O governo já anunciou que também irá obrigar as teles a reforçar o sinal de cobertura para voz e dados ao longo das principais rodovias brasileiras, o que não é exigido hoje.

TECNOLOGIA

Além dessas novas obrigações, o governo debate ampliar também o percentual de exigência de conteúdo nacional no leilão do 4G.

A intenção é impulsionar o desenvolvimento de tecnologia no país, para que as empresas não tragam ao Brasil apenas linhas de montagem.

A regra do último leilão já previa 50% dos equipamentos produzidos no país e que houvesse 10% de tecnologia nacional, fatia que deveria subir a 20% em 2017.

O governo quer elevar mais as metas dessa participação. A questão, porém, ainda depende de negociação com o Ministério de Ciência e Tecnologia e da capacidade da indústria brasileira de receber a nova demanda.

O governo também analisa se a burocracia para registro de patentes pode travar o desempenho da produção.

Se os obstáculos forem removidos a tempo, o governo pode trocar o percentual fixo de tecnologias já desenvolvidas pela comprovação, apenas, de que elas estejam em desenvolvimento.

Isso flexibilizaria a regra para dar às empresas tempo de elaborar mais os produtos.


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