Folha de S. Paulo


Para mães, licença é positiva para carreira

Profissionais que estenderam a licença-maternidade por mais dois meses dizem que o benefício foi positivo não só sob o aspecto emocional, mas também profissionalmente.

Multinacional adere a licença expandida

Diretora de marketing da multinacional Unilever, a carioca Joana Fleury, 32, retornou da licença de seis meses há cinco semanas. Sua filha Maria Luiza tem sete meses.

"Tenho família longe, e não conto com esse apoio para as questões práticas. Por isso, tanto a licença quanto o horário flexível oferecidos na empresa ajudaram na adaptação à nova rotina de mãe e executiva", conta.

Fabio Braga/Folhapress
A diretora de marketing da Unilever, Joana Fleury, 32, com sua filha Maria Luiza; a empresa oferece licença de 6 meses
A diretora de marketing da Unilever, Joana Fleury, 32, com sua filha Maria Luiza; a empresa oferece licença de 6 meses

Mãe de dois filhos, de dois e quatro anos, a engenheira química Janaína Alonso, 29, diz que os dois meses a mais "fizeram toda a diferença".

Na primeira gravidez, em 2009, o benefício não existia na Whirlpool, fabricante de eletrodomésticos em que trabalha. "Foi difícil encontrar uma escolinha que aceitasse um bebê com quatro meses."

Com o segundo bebê, em 2011, já sob a nova política, ela pôde se afastar por seis meses. "Pude acompanhar melhor o desenvolvimento nos primeiros meses e senti a criança mais próxima."

Um dos objetivos do "Empresa Cidadã" é facilitar que as funcionárias cumpram os seis meses de amamentação recomendados pelos médicos.

HOMOSSEXUAIS

Nos últimos anos, algumas companhias têm ido além das regras previstas na legislação sobre o tema, oferecendo licenças maternidade e paternidade para pais e mães homossexuais.

Em junho, o HSBC passou a conceder 30 dias corridos de licença a pais solteiros, viúvos ou em união estável homossexual que adotarem criança com até oito anos de idade.

No caso das mulheres com união homossexual, se ligadas ao banco, uma terá direito às condições da licença-maternidade e a outra às da paternidade.

Desde 2009, o Banco do Brasil concede 30 dias a funcionários solteiros ou em união homossexual que adotarem. (MARIANNA ARAGÃO)


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