Folha de S. Paulo


Redes sociais dão cada vez mais audiência a sites de jornais do país

As redes sociais dão cada vez mais audiência aos sites de jornais. Em um ano e meio, os acessos via redes sociais aos sites dos três principais jornais do país dispararam de uma média de 6%, em agosto de 2011, para quase 22% em março deste ano, segundo dados do Ibope Netview.

Pesquisa Datafolha publicada nesta semana sobre os hábitos de informação na internet confirma: dos 46% dos paulistanos que têm conta no Facebook, dois terços afirmaram que costumam compartilhar notícias.

Jornalismo domina rede social durante protestos pelo país
Sites mais compartilhados pelos paulistanos são a Folha e o UOL

Isso equivale a algo como 3 em cada 10 habitantes da cidade. Como foi a primeira pesquisa do gênero feita pelo Datafolha, não é possível saber se houve aumento ou não.

Isso se reflete num acréscimo significativo de audiência para os sites de notícias. Em junho, mês em que tiveram início os protestos pelo Brasil, a audiência recebida pela Folha via Facebook quase dobrou em relação à média do ano.

A tendência é internacional, e especialmente forte entre os leitores mais jovens.

De acordo com dados do "Digital News Report 2013", do Reuters Institute, lançado em junho, 60% dos entrevistados no que eles classificam como "Brasil urbano" usa as redes sociais como porta de entrada para o noticiário.

Nove em cada dez dos entrevistados no Brasil disseram preferir notícias de sites que conheçam e nos quais confiam -maior índice entre os oito países pesquisados.

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
Redes sociais
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Segundo pesquisa do Pew Research Institute feita em junho de 2012, mais de um terço dos jovens entre 18 e 24 anos nos Estados Unidos disseram ter lido notícias indicadas por amigos nas redes sociais no dia anterior. Em 2010, eram 12%.

No grupo que tinha entre 30 e 39 anos, a proporção subiu de 19% para 30%.

Tom Standage, editor de Tecnologia da "Economist", diz que tradicionalmente o compartilhamento social de notícias foi usado como meio de autoexpressão.

"Você pode fazê-lo para indicar aos seus amigos que apoia uma causa específica, simplesmente pelo ato de compartilhar, curtir ou retuitar", afirma.

Em outubro, Standage lança o livro "Writing on the Wall", que conta a história das redes sociais desde a Roma antiga até os dias atuais.


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