Folha de S. Paulo


Operações contratadas por grupo de Eike com BNDES somam R$ 10,4 bi

Diante do agravamento da crise das empresas de Eike Batista, o BNDES afirmou que as operações contratadas pelo grupo EBX representam uma "parcela muito pequena" do seu patrimônio.

O Grupo EBX, apurou a Folha, não está inadimplente e quitou todas as parcelas de empréstimos vencidas no primeiro semestre. Outras têm prazo para liquidação neste segundo semestre, mas não há indicação de que não serão pagas.

Sobre o eventual risco de inadimplência, o BNDES afirmou que "cada um dos contratos assinados possui estrutura de garantias específica, incluindo fianças bancárias".

O banco estatal informou que o valor total das operações contratadas com o grupo EBX é de R$ 10,4 bilhões.

"Do volume total contratado, nem tudo foi liberado, já que os desembolsos, de acordo com a praxe em projetos apoiados pelo BNDES, ocorrem ao longo do período de execução dos empreendimentos", diz o banco.

A instituição financeira libera os recursos dos empréstimos de acordo com a evolução do cronograma de obras, projetos e contratos, sempre mediante a confirmação por meio de notas fiscais.

Em relação à participação da BNDESPAR (braço de investimento do banco), o total das participações nas empresas de Eike Batista representava 0,6% da carteira da subsidiária do banco de fomento.

"O BNDES está acompanhando o desenrolar dos acontecimentos relacionados ao grupo EBX, que dispõe de ativos sólidos e valiosos, e confia na capacidade dos atores envolvidos de encontrar a melhor solução para superar os atuais desafios", diz o banco.

Na OGX, que está no foco da crise, a participação do BNDES é de apenas 0,26% no capital da petroleira. As maiores posições em empresas de capital aberto são na MPX (energia), com 10,34%, e na CCX (carvão), na qual detém 11,72%.


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